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Carta : Arvores de natal na igreja

Ellen White deixou conselhos sobre árvores e presentes de Natal.



Francis D. Nichol. Extraído de Questions People Have Asked Me, págs. 52-54, e publicado na Elders Digest.



A cada ano, quando se aproxima o Natal, recebemos alguns tipos de perguntas: “É certo comemorar o Natal?” “É errado armar a árvore de Natal?”

Primeiro, é errado armar a árvore de Natal?

Felizmente, não precisamos ficar em dúvida nesse sentido. Muito tempo atrás, a Sra. White, a mensageira do Senhor, falou algo a respeito de nosso devido relacionamento para com o Natal. Ela afirma explicitamente que todos conhecemos pelo estudo da História que a data do nascimento de nosso Senhor não pode ser determinada. Nenhum registro da Antigüidade lança luz definida e correta a esse respeito.

Ela diz: “Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias.” E acrescenta: “Não há santidade divina posta no dia vinte e cinco de dezembro; e não agrada a Deus que nada concernente à salvação dos seres humanos, mediante o infinito sacrifício, deva ser tristemente pervertido por esse professo propósito.” – Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

Após descrever o verdadeiro propósito do advento de Cristo ao mundo, a Sra. White afirma: “Os pais deviam trazer essas coisas ao conhecimento de seus filhos.” – O Lar Adventista, pág. 481. Mas ela prossegue quase imediatamente com a afirmação:

“Sendo que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito.

“A juventude deve ser tratada com muito cuidado. Não devem ser deixados no Natal a buscar seus próprios divertimentos em prazeres vãos, em diversões que lhes rebaixarão a espiritualidade. Os pais podem controlar esta questão voltando a mente e as ofertas dos filhos para Deus e Sua causa e a salvação de almas.” – Ibidem.

Aplicando esse princípio à questão de armar a árvore de Natal, ela escreveu, no mesmo artigo: “Não devem os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser uma grande bênção” – Ibidem, pág. 482. Obviamente, se a árvore de Natal pode ser colocada na sala da Escola Sabatina, pode também ser adequado armá-la no lar adventista. Isso parece muito claro, além de qualquer objeção.



É errado dar presentes?



A Sra. White vai mais além da árvore de Natal e leva-nos diretamente a responder à segunda pergunta: É errado dar presentes no Natal? “O Natal está chegando. Que todos tenham a sabedoria de torná-lo uma ocasião preciosa. Que os membros mais velhos se unam, coração e alma, com seus filhos nessa inocente brincadeira e recreação, buscando formas e meios de mostrar respeito a Jesus ao trazer-Lhe dádivas e ofertas. Que cada um se lembre das reivindicações de Deus. Sua causa não pode avançar sem sua ajuda. Que os presentes que normalmente são dados uns aos outros sejam postos no tesouro do Senhor. ...” – Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

“Em cada igreja que suas melhores ofertas sejam postas sob a árvore de Natal. Que o precioso emblema do verde perene do pinheiro sugira a santa obra de Deus e Sua beneficência para conosco; e a terna obra do coração será salvar outras almas que estão em trevas. Que suas obras sigam sua fé. ...” –Ibidem.

“Cada árvore do Jardim de Satanás está carregada com os frutos da ostentação, do orgulho, da presunção, dos maus desejos, da extravagância, — todos frutos venenosos, mas muito agradáveis ao coração carnal. Que várias igrejas apresentem a Deus árvores de Natal; e então, que elas sejam carregadas dos frutos da beneficência e da gratidão – ofertas provenientes de mãos e coração voluntários, frutos que Deus aceitará como expressão de nossa fé e de nosso grande amor para com Ele devido à dádiva de Seu Filho, Jesus Cristo. Que as árvores de Natal sejam carregadas com frutos, ricos e puros, e santos, aceitáveis a Deus. Não teremos o tipo de Natal que o Céu possa aprovar?” – Ibidem.

Ela escreve com alguma minúcia a respeito do tema de fazer presentes ao Senhor e então apresenta este fervoroso apelo aos crentes: “Bem, irmãos, que façamos, no Natal, esforços especiais para comparecer diante do Senhor com dádivas e ofertas de gratidão pelo dom de Jesus Cristo, o Redentor do mundo. Que nada seja gasto desnecessariamente; de modo que cada centavo que puder ser poupado não seja entregue aos cambistas. Satanás tem sua forma de manipular essas ocasiões para seu proveito. Assim, mudemos o curso para o Céu em vez de para a Terra. Mostremos, por nossas ofertas, que apreciamos a abnegação e sacrifício de Cristo em nosso favor. Que Deus seja trazido à lembrança de cada filho e pai; e que as ofertas, pequenas e grandes, sejam trazidas à casa do tesouro de Deus.” – Ibidem.

“Aqueles com recursos e que têm o hábito de fazer doações a seus parentes e amigos até ficarem perdidos sem saber o que inventar para que seja novo e interessante a eles, ponham sua inventividade para descansar, como também sua influência, e vejam quantos recursos podem reunir para fazer avançar a obra do Senhor. Que suas habilidades e sua capacidade sejam empregadas para trazer ao próximo Natal intenso interesse, consagrando-se ao Deus do Céu por meio de ofertas voluntárias e de gratidão. Não mais sigam os costumes do mundo. Façam uma pausa aqui e vejam se este Natal não pode revelar milhares de dólares fluindo para o tesouro a fim de que o depósito de Deus não fique vazio.” – Ibidem.

“Talvez vocês não sejam recompensados na Terra, mas serão abundantemente recompensados na vida futura. Que aqueles que por tanto tempo fizeram planos egocêntricos comecem a planejar para a causa de Deus, e certamente aumentarão em sabedoria. Que a consciência seja iluminada e que o amor da verdade e de Cristo tomem o lugar dos pensamentos idólatras e do amor ao eu.” – Ibidem.

“Que se registrem nos livros do Céu um Natal como jamais houve em virtude dos donativos que forem dados para o sustento da obra de Deus e o erguimento do Seu Reino.” – Ibidem.

Essas palavras inspiradas são penetrantes e veementes. Mas de fato ela está querendo dizer que não devemos gastar dinheiro com presentes para nossos entes queridos no Natal? Creio que não. Consideremos novamente essas citações.

Colaborador: Revista do Ancião




Colaborador: Desc