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Peça: Dia das mães - Zigara Cristã

Cenário - Uma sala de boa aparência - mesa e carteiras - uma fotografia na mesa



Personagens - Mãe, filha de 6 anos - uma moça entre 15 e 16 anos para substituir a menina de 6 anos já crescida. Crianças - empregada e ciganas.



I PARTE



Mãe - Três meses faz que perdi o meu saudoso esposo, e grande é minha infelicidade. Não tenho alívio! Meus olhos se enchem de lágrimas todas as vezes que olho esta fotografia de nós três: Meu marido, minha filhinha e eu.

Mas o grande infortúnio que me assaltou e me tortura seja talvez atenuado com a tarefa imensa que me cabe: Educar e preparar minha filhinha para uma vida feliz, pois bem sei que a educação perfeita é capaz de prevenir males nesta vida. E uma educação perfeita só é completa, quando os princípios das Escrituras, forem a base do lar. Quero de todo coração seguir o exemplo da mãe de Timóteo, que desde a meninice lhe ensinou as sagradas letras e se isso fizer, estou certa, terei a recompensa.



Filha - (entra correndo) Mãezinha, a senhora está falando sozinha? Pensei que as crianças já estivessem ai com a senhora.



Mãe - Não benzinho, elas ainda não vieram. Vá brincar com a dorli. (a menina pega a boneca que deve estar sentada em uma cadeirinha numa sala) Quantas meninas você convidou para brincar hoje, Celinha?



Filha - São cinco, mamãe. (Batem à porta) Elas já estão ai, mamãe. (A menina sai correndo e cumprimenta as amiguinhas que vão entrando).



Mãe - Boa tarde, vocês não ficarão zangadas se for preciso brincar aqui dentro não é?



Meninas - Não senhora.



Mãe - Lá fora está um pouco frio e vocês vão brincar aqui dentro. De que vocês vão brincar.



Meninas - A canoa virou.



Mãe - Então podem começar



Meninas - (Cantam três vezes)



Justina - (A empregada entra assustada) Patroa! Dona Amélia!



Mãe - O que foi Justina?



Justina - A Dona Rute com a dona Maria mandou leva as filhinhas delas bem ligeiro.



Mãe - Porque, Justina? Elas ainda não brincaram quase nada.



Justina - Pro mor de que tem um bando de ciganos roubano crianças. Ela tem medo que as crianças vai pro má.



Mãe - Então leve, Justina! Depressa, leve-as; não quero responsabilidades.



Justina - (Saindo com as meninas) Cuidado com a Ceinha, dona Amélia.



Mãe - Não tem perigo, Justina. Leve as meninas direitinho e depressa.



Justina - (Saindo com as meninas) Cuidado com a Ceinha, D. Amélia, não deixe ela ir pra rua.



Filha - Mãezinha, eu queria brincar mais um pouquinho com as meninas.



Mãe - Não fique triste, benzinho, outro dia elas voltarão e você poderá brincar bastante com elas. Vá brincar com sua Dorly, vá...



Filha - Abraça a boneca. Ah... Minha Dorli (pega um paninho) Mãezinha, Corta um vestidinho para Dorli, corta? A Senhor corta mãezinha?



Mãe - Corto sim. (Toma o pano e finge que corta enquanto fala) Mas, você precisará tomar muito cuidado com a agulha para furar o dedinho, entendeu?



Filha - Sim mamãe.



Mãe - Celinha, você será capaz de costurar até mesmo um avental? Isso é o mais difícil que há na costura. (Entrega a fazenda cortada para a filha) Pronto, modistazinha, aqui está o vestidinho da boneca. Primeiro você ostura esta parte, depois esta outra e por fim a barra, entendeu?



Filha - Sim, mamãe, muito obrigada. (senta-se na cadeira e vai costurar)



Mãe - Celinha, mamãe vai fazer o jantar porque a Justina ainda não voltou. fique bem quietinha. Não saia da sala. Quando eu voltar quero ver o vestidinho pronto, viu costureirinha? (Beija a filha e sai)



Filha - Ah! Também já estou cansada de costurar. Vou fazer minha Dorli dormir. (Toma a boneca e canta "Dorme nenê" e dorme junto à boneca.)



Ciganas - (Zora e Norca entram devagar, pé por pé) Quanta coisa, veja! Vá pegando... Veja que beleza de menina... Vamos levá-la para nós. Psiu...

menina... menina bonitinha, venha cá! (Aos poucos a menina vai acordando)



Filha - Não! Mãe?...



Zora - Olha uma bala! (Joga e a menina pega) Venha cá, menina. olha outra... pga... pega... (joga 5 balas perto da menina. A menina se levanta e vai pegando as balas até perto da cigana, que a agarra. A menina sai gritando. Norca rouba a boneca e outras coisas que vê e sai correndo com Zora.)



Mãe - (Entra chamando a Celinha) Célia, Célia, Célia, minha filha, onde estás? (chorando) Será que... será possível que as ciganas... as ciganas... as ciganas roubaram minha filha? Célia, Célia, Célia querida! (Andando de um lado para o outro)



Justina - Mas, o que foi D. Amélia? Que aconteceu?



Mãe - (Chorando) Uma desgraça, Justina, Uma desgraça.



Justina - (Chega perto dela) Mas o que foi patroinha, me conta!



Mãe - Deixei-a na sala, mas já chamei muito e ela não me respondeu.



Justina - (Acha uma medalha no chão) Olha, patroinha, o que eu achei?



Mãe - (pega a medalha e atira no chão) Foram elas mesmo, foram elas mesmo. (Saem ambas, chorando)



Interlúdio (Fundo Musical)



Mãe - (Muito triste) Três dias se passaram. Estou cansada de tanto chorar. Minha vida parece ser um rosário de desgraça e misérias. Sinto por vezes que de mim se apodera o desespero. Tinha ainda o consolo de minha filha. Agora vivo sozinha com a dor e a tristeza. Mãos criminosas arrebataram aquela que era tudo pra mim. Que me resta senão a morte? Busco alento na palavra de Deus, e eis que me à mente incisiva repreensão: "Não sejais vagarosos no cuidado. Sede fervorosos no espírito servindo ao Senhor." Porque que me descuidei tanto, permitindo que perversos entrassem no meu lar, e levassem o que de mais precioso possuia? Se pudesse bradaria ao mundo, recomendando às mães: Jamais deixem os seus filhos ao leu. Com todo carinho zelem por eles, sempre. Tantos e tamanhos são os perigos, que o descuido de uma mãe pode ser fatal. (chora e assenta-se numa cadeira)



Justina - Dona Amélia, vá dormir, patroinha. Faz três dias e três noites que a Senhora não drome e nem come!



Mãe - Está bem, Justina, deixe-me (encosta a cabeça no sofá e chora)



Justina - A senhora há de se achá a sua fiinha, patroa.



D. Amélia - (Dorme e sonha que as meninas entram e cantam canoa virou junto com a Celinha. Dão uma volta e saem. Acorda assustada e diz chorando: Foi um sonho, foi um sonho. (sai chorando)



II PARTE



(Disco - "Violino Cigano")



Cenário - Cadeira suja, 2 caixotes, vidros/pretos, um fogareiro, etc...)



Tirza - (entra cantando) Bambu, calambu, bambuê, ribamba, xibanba, bambu (bis) Ango, calambô, etc. (Mexe no fogão, procura umas coisas, de repente encontra um vidro. Oh, o elixir das alegrias! Então Zora pensava que eu nunca havia de encontrar o tal elixir. (entra Kadija) Olha Kadija, a Zora pensava que eu nunca saberia em qual dos frascos eu poderia encontrá-lo. Ah!... Ah!... Ah!... (rí). A vida tem muitas alegrias. Olhando para os fundos diz: Kadija, lá vem Zora trazendo uma menina. Teremos muito trabalho.

Esta Zora, esta Zora tem cada uma! Só se sabew arranjar trabalho. Arruma depressa uma esteira, uma cadeira, antes que ela chegue.



Zora - (Entra com célia nos braços) - Depressa, depressa arruma uma cadeira para que eu tenha onde colocar esta menina. Ela está muito pesada. Como me doem os braços (deita a menina na esteira)



Tirza - (Olha a menina com desdém) Zora, o jantar está pronto. Vai jantar agora.



Zora - Não, não tenho fome. Estou cansada.



Kadija - (Olha a menina com carinho) pobre menina, tão bonitinha! Como tenho pena dela!



Tirza - (Zombando) Como Kadija está sentimental hoje!]



Norca - (entrando com a boneca e as outras coisas roubadas). Se você visse Kadija, essa menina morava nuyma casa tão linda!...



Zora - Até eu ciganona velha estou com sentimentalismo. Estou com muita pena desta menina.



Tirza - (Olha para a menina) Vejam, ela está acordando!



Célia - (Acorda, olha para a boneca que deve estar perto) Dorli! Onde estamos, Dorli? só você está comigo? Mãe... Mãe... (chora)



Zora - Cale essa boca menina. Casa de cigana é muito bom... Vamos, pare de chorar!



Kadija - (chegando-se perto dela) Não chore meu bem!



Tirza - É muito feio chorar na casa dos outros. Vamos lá para dentro e eu vou te ensinar a não chorar mais.



Zora - Estou muito cansada. Esta meninsa era muito pesada. Norca vá chamar tirza, porque eu preciso dar as minhas últimas ordens. (Norca sai, Tirza e Norca entram). Companheiras, vou partir para bem longe. Volto só daqui a dez luas! Tirza venha cá. Enquanto eu estiver longe você cuida, em meu lugar.

Toma conta do acampamento (ela fala com autoridade) Muita atenção! Esta menina, que trouxe, vai se chamar Tarina. Como é o nome da menina? (Dirigindo-se a todas)



Todas - (Em coro) Tarina.



Zora - Vai se chamar Tarina em homenagem à nossa última chefe que morreu. Essa menina é muito bonita. Vai ganhar muito dinheiro para nós.



Tirza - Vou ensiná esta menina Tarina, a roubá, menti, ver mão, tira sorte...



Zora - Muito bem, isso mesmo. Ensina bem essa menina. Se não ensinar bem esta menina até eu voltar, será castigada. Agora vou partir. Até eu voltar, companheiras!



Todas - (Em coro inclinando-se)



Boa sorte, senhora (zora sai)



Tirza - (muito alegre) Companheiras agora temos folga, só roubá pra comê. Vocês faz o que quisé. Cada qual cuide de sua vida. Zora só vai volta daqui a muito, muito tempo!



Todas (Contentes) Ah! Ah! Ah!... Que bom!



Norca - Já que estamos tão alegres, Tirza, vamos canta um pouco?



Tirza - Isso mesmo Norca, vamos cantar. (Cantam qualquer canção em castelhano bem atrapalhado para imitar os ciganos) Com a nossa alegria, até esquecemos de Tarina. Vamos Norca, vamos procurar Tarina, vamos ver o que ela está fazendo.



Norca - É mesmo Tirza, vamos. (ambas saem, ficando só Kadija)



Kadija - Sou uma cigana como as outras, mas não sei fezer as coisas tão bem como elas, tenho pena de roubar, tenho medo de mentir... pobre menina... Terá que se habituar a esta vida. Também fui roubada. Minha mãe... como me lembro dela, como eu a queria! Meu lar era um lar cristão e cheio de alegrias. Hei de ensinar a Tarina lindas verdades que aprendi de minha mãe. Vou guia-la nos caminhos do Senhor e vou servir-lhe de amparo. (sai)



(Fundo musical: Música cigana, bem suave)



(entra D. Amélia toda vestida de preto)



D. Amélia - (Tristemente) Aqui é o acampamento de ciganos. Mas está vazio. Ninguém! quanto tempo em busca de minha filha! Meus esforços se vão, minha esperança está perdida. (Sai, continua a música de fundo)



(No acampamento deve ter uma lâmpada coberta com papel vermelho e paus de lenha imitando o fogo)



Tarina - (Entra, não é mais uma menina, mas sim uma moça entre catorze e 15 anos. Chega-se perto do fogo, move a lenha, abana o fogo, senta-se num caixão perto e fala tristemente:) "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará..." (pensa um pouco e diz abanando o fogo)



"Entrega o teu caminho ao Senhor, (levanta-se) confia nEle e Ele tudo fará." Que saudades tenho de minha mãezinha querida quando nos seus joelhos eu aprendia estes versinhos.



Kadija - (entrando) Tarina, tenho uma triste notícia a te dar. Zora, nossa chefe vai voltar. Espero que não esqueças as boas lições que te dei. Zora é perversa, má, exigente, foi ela que te roubou. Até aqui evitei que roubasses e mentisses. Tirza nos deu toda a liberdade. Mas agora, terá que fazer tudo o que Zora mandar. Quão bom seria se pudessemos fugir daqui.



Norca - (entrando) Kadija, passou-se o tempo e Zora vai voltar. Tirza não ensinou Tarina, vai ser castigada.



Kadija - Pobre Tirza, vai ser castigada.



Tirza - (Entrando) Companheiras. Kora vai chegar e eu não ansinei Tarina. Vou sofrer castigo. Vamos Tarina, vamos pra dentro. (Saem por uma porta e Zora entra por outra.)



Norca - Olha Kadija, Zora vem vindo.



Zora - Alô! Companheiras... (as duas: "Bem vinda, Senhora!" curvam a cabeça) Onde está Tirza? Onde está Tarina? Norca vá buscá-las.



Kadija - Tarina está grande, cresceu e está bonita. (entram Tirza e Tarina)



Zora - Tirza, você ensinou a Tarina tudo o que eu mandei? Vamos responda?! (Entra Tarina) Tarina! Oh, que menina bonita! Que cigana linda! Como cresceu! Já deve ter ganho muito dinheiro! Venha cá Tarina... Não sabe que eu sou a sua chefe? Você roubou, já mentiu?



Tarina - Não!



Zora - Não?... Tirza como é isso? Você não ensinou Tarina a roubar? Você vai ser castigada, vá pra dentro, todas vão já! (dirige-se a Tarina) Pois você vai hoje mesmo sair para ocmeçar a roubar e a mentir. Não quero gente vagabunda! Vamos!... Vamos!... (sai)



Tarina - (sozinha) Eu mentir, roubar ler mão? Eu fazer isto? Nunca, nunca! Minha mãezinha nunca me ensinou a roubar e mentir. Ainda me lembro das oranções de minha mãe, quando ela dizia assim: "Quero que a minha Célia seja sempre boazinha e obediente."Como desobedecer a minha mãezinha? Não, não farei isso, mesmo que me castigue.



Zora (entra com raiva) Ainda não foi menina? (Põe o avental) Vamos, obedeça senão será pior.



Tarina - Eu sei que a minha mãezinha está orando por mim. (Sai e o Grupo canta: "oração de minha mãe", enquanto muda cena)



III PARTE



Cenário - O mesmo da primeira parte. A casa de D. Amélia.



Mãe - Dez anos de martírio, que sobre os meus cabelos fizeram descer a brancura do inverno da velhice! Quanto sofrimento! E até hoje nada soube da minha filhinha... Talvez durma o sono impertubável da ignorada tumba!... Que sabe longe daqui viva uma existência de amarguras!... Ela está agora com 15 anos. É já uma moça feita. Que educação terá recebido daquelas ciganas? Tanto quisera dar-lhe a educação completa nos caminhos do Senhor



Voz - "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até depois de muitos dias e não se desviará dele."



Mãe - É na infância e na adolescência que o caráter se aperfeiçoa e eu nada pude fazer por minha filha. Somente orar, clamar, por ela! E isto eu hei de fazer enquanto existir. Mães, zelai por aqueles que Deus bondosamente vos confiou. Que nunca preciseis chorar por causa do descuido. Dedicai a vossos filhos todo carinho e atenção, velando incansavelmente pelo seu bem-estar.



Justina - Patroa, patroa, uma ciganinha linda está aí, é uma belezinha. Ela disse que está com fome qué falá com a senhora e qué um pedaço de pão.



Mãe - Ora, Justina, você sabe o sentimento que eu tenho das ciganas e ainda me fala nelas. Mande-a embora.



Justina - Mas, patroa, se a senhora visse!? Não tinha coragem, nem parece cigana



Mãe - Mande-a embora, já disse, e não quero ver essa raça em minha casa.



Justina - (saindo) Tá bem, patroa... mas se a senhora visse a ciganinha, a senhora não tinha coragem de mandá embora.



Mãe - (Sozinha) Justina é uma excelente empregada, mas não compreende bem a minha dor. Tem razão, não é mãe...



Justina - (entrando) patroa, a ciganinha tá com tanta fome. Dá inté pena.



Mãe - Então dê-lhe um pedaço de pão, mas não a deixe entrar.



Justina - (Vai buscar o pão e volta) Patroa, mas a Senhora não acha que fica feio ela comê lá fora? Pode inté falá da senhora. Posso mandá entrá, não é patroinha? Posso, não é?



Mãe - Vá lá, mas não quero vê-la.



Justina - (manda a menina entrar e entrega-lhe o pedaço de pão) Pode comê este pão, mas oie heim? Senta aqui, e não robe nada que a patroa não gosta de gente que roba, Oie, mas não robe, heim?



Tarina - Não, não, eu não roubo (Há um retrato da Célia e da Dorli em cima de um móvel. Tarina olha muito atentamente para o retrato e depois exclama) Ah!... minha Dorly neste retrato!... Ainda com o mesmo vestidinho e com as trancinhas... É ela mesmo!



Mãe - Mas que ciganinha insolente. Ainda está aqui?



Tarina - Senhora, que mal lhe fiz eu? Por que a senhora me trata assim?



Mãe - As ciganas me causaram muito mal. Roubaram a minha filha e por isso eu as trato assim.



Tarina - Mas nem todas as ciganas são más, algumas são cristãs.



Mãe - Já se viu alguma cigana cristã? Menina, se há cigana cristã, elas não podem roubar, nem mentir.



Tarina - Mas isso eu nunca farei. Se alguém quiser me dar alguma coisa para comer e algumas moedas para eu não ser castigada aceitarei, porque se eu não levar alguma moeda serei castigada severamente. Por isso eu aceitarei alguma coisa, mas roubar, nunca! Minha mãezinha era cristã, parecia-se tanto com a senhora, mas nÃo tinha cabelos brancos.



Mãe - Como... conte-me a sua história menina, estou curiosa, por saber.



Tarina - Eu fui roubada bem pequenina de minha mãezinha.



Mãe - O que você está dizendo? Você foi roubada?



Tarina - Sim, fui roubada no dia em que mamãe, cortou um vestidinho para minha boneca. E eu tenho lembrança de minha mãezinha uma boneca, igual a esta, com o mesmo vestidinho. (mostra o retrato que está na mesa)



Mãe - Escuta, menina, diga-me uma coisa. Como é que você se chama?



Tarina - Eu me chamo Tarina.



Mãe - Ah!... Tarina...



Tarina - Porque? A senhora não gostou de meu nome? É tão bonito o meu nome...



Mãe - É bonito, mas não é esse nome que eu queria. Mas... fir sempre Tarina que a sua mãe lhe chamava?



Tarina - Não... Tarina é o nome que as ciganas me derma, mas a minha mãezinha me chamava... (pensativa) me chamava de Célia e a minha boneca Dorly igual a esta.



Mãe - O que? (pasma de espanto) Você se chama Célia? E sua boneca igual a esta se chama Dorly?



Tarina - (Também assustanda) Será que a senhora é minha mãezinha?



Mãe - Deixe-me ver bem o seu rosto para ver se você é minha Célia querida.

(abraçam-se)



Tarina - Oh! Minha mãezinha querida, que eu tanto queria encontrar!



Mãe - A minha Zíngara Cristã...



Justina É ela mesmo, inté parece que tava adivinhando. Ah! Sra. Cleia!



Mãe - Graças a Deus, as minhas orações foram atendidas. (saem abraçadas)




Colaborador: Paulo Geovane