Jesus nasceu. Na parábola infinita
Soam cânticos, vivas de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria ...
Não houve sedas, nem cetins, nem rendas,
No berço humilde em que nasceu Jesus,
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.
Sobre a palha risonha, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o menino – Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.
Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.
No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presépio os guia
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.
Sobem hinos de amor ao céu profundo:
Homem, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Que ama os fracos, quem perdoa o mal.
Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e contos, neste dia ...
Salve o Deus da humanidade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.
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