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Poesia: Natal

Jesus nasceu. Na parábola infinita

Soam cânticos, vivas de alegria;

E toda a vida universal palpita

Dentro daquela pobre estrebaria ...





Não houve sedas, nem cetins, nem rendas,

No berço humilde em que nasceu Jesus,

Mas os pobres trouxeram oferendas

Para quem tinha de morrer na cruz.





Sobre a palha risonha, e iluminado

Pelo luar dos olhos de Maria,

Vede o menino – Deus, que está cercado

Dos animais da pobre estrebaria.





Não nasceu entre pompas reluzentes;

Na humildade e na paz deste lugar,

Assim que abriu os olhos inocentes

Foi para os pobres seu primeiro olhar.





No entanto, os reis da terra, pecadores,

Seguindo a estrela que ao presépio os guia

Vem cobrir de perfumes e de flores

O chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo:





Homem, Jesus nasceu! Natal! Natal!

Sobre esta palha está quem salva o mundo,

Que ama os fracos, quem perdoa o mal.





Natal! Natal! Em toda a natureza

Há sorrisos e contos, neste dia ...

Salve o Deus da humanidade e da pobreza

Nascido numa pobre estrebaria.


Colaborador: JA-Online