2003 – Ano da Solidariedade
O Bom Samaritano
Objetivos do Programa
Conscientizar os jovens e amigos presentes sobre a necessidade de ser bondoso.
Cenário
O primeiro cenário deve simular um caminho (com árvores, pedras e alguns arbustos) e uma rocha onde estará sentado o viajante.
O segundo cenário será o interior de uma casa antiga.
Personagens
Cinco jovens
O viajante - vestido com farrapos
O sacerdote - vestimentas sacerdotais
O levita - roupas chiques
O samaritano - roupas simples
O hospedeiro - roupas orientais
Primeira Cena
Aparece o viajante, cambaleando e encosta-se na rocha.
Viajante: (quase sem conseguir falar, com a voz entrecortada) Que dia horrível! Ninguém passa por aqui... (abaixa a cabeça em sinal de cansaço e logo levanta-se, como que olhando para o horizonte) Já faz tanto tempo que estou aqui... Acho que não vou mais agüentar... Oh! Parece que alguém se aproxima! Minha prece foi atendida (tenta um movimento para aproximar-se do visitante) Parece, parece que é alguém piedoso.
(Entra o sacerdote e dirije o olhar para o lugar de onde vêm os gemidos. Observa o ferido com gesto de desprezo).
Sacerdote: O que você fez de tão errado para merecer tão duro castigo? Ou será que você bebeu demais?
Viajante: Não! Não é nada disso... Ajude-me por favor! Fui assaltado no caminho e os ladrões me levaram tudo. Já faz muito tempo que estou aqui e minhas feridas dóem muito. Não vou agüentar por muito mais tempo... Por favor!
Sacerdote: Sinto muito, mas não posso ajudar. Não posso contaminar minhas vestes e também não tenho tempo para lhe ajudar. Minhas ocupações me esperam. Estou com pressa. (Passa longe, tira o pó dos vestidos e sai de cena).
O viajante fica caído e com gesto de súplica, estende a mão para o sacerdote, que vai embora.
O viajante torna a levantar a cabeça e vê outro personagem que se aproxima.
Levita: (com curiosidade mas sem se aproximar muito) Vejo que você está muito ferido e maltratado, mas ainda consegue falar... Isso deve servir de lição para você se lembrar que não pode andar à noite por caminhos tão solitários.
Viajante: (olha o levita e com cansaço na voz e com poucos movimentos diz) Por favor, me dê um pouco de água! Não é isso que você pensa. Tudo o que eu tinha para ajudar a minha família foi roubado de mim. Fui assaltado e estou muito machucado. Não agüento mais. Por favor, me ajude!
Levita: Não toque em mim. Tenho exigências a cumprir. Vou ao templo fazer minhas devoções e meus trabalhos. Tenho que estar presente para receber os dízimos que o povo vai levar. E não se esqueça de dar o seu dízimo também. Bem, preciso ir.
Viajante: (fica caído).
(Entra o samaritano; vem cansado. Passa perto da rocha e ao olhar para o chão, faz um movimento rápido e chega até o viajante caído. Abaixa-se e levanta um pouco a cabeça dele).
Samaritano: Oh! Pobre homem! Você consegue me ouvir? O que aconteceu? Você está muito mal! (Pega seu cantil com água e levantando a cabeça do viajante, dá-lhe de beber). Tome um pouco de água. (De sua bagagem, tira um frasco e com um pano começa a limpar as feridas do viajante.)
Samaritano: Vou levá-lo até a cidade mais próxima para alguém cuidar de você (levanta o viajante com cuidado e o ajuda a caminhar. Saem de cena).
Cena 2
(Pode simular a entrada da pousada com um arco. O hospedeiro está parado à porta ou lendo um pergaminho. Entra o samaritano com o ferido).
Hospedeiro: (Levanta-se rapidamente para atendê-los) Um ferido! O que será que lhe aconteceu? (Ajuda o samaritano a colocar o ferido numa cama).
Samaritano: (inclina-se para cumprimentar o hospedeiro, à maneira oriental). Senhor, há algum quarto onde esse homem possa ser hospedado? Ele foi assaltado no caminho e os ladrões o deixaram muito ferido, quase morto.
Hospedeiro: Sim, claro. Tenho um quarto para ele e vou fazer um bom preço.
Samaritano: Obrigado por sua gentileza. Na realidade, o preço não importa. Quero que o senhor cuide bem dele. Vamos levá-lo até o quarto. (Os dois levam o viajante para dentro e saem depois de um tempo).
Samaritano: Aqui está o dinheiro. Tudo o que for gasto com esse homem, eu pagarei quando voltar.
Hospedeiro: Não se preocupe, cuidarei bem dele.
(Sai o samaritano).
Hospedeiro: Quem diria! Nunca imaginei que um dia veria isto: um samaritano ajudando um judeu! Ah, que coração bondoso tem esse homem! (Sai o hospedeiro)
Conclusão
Ao mostrar uma parábola, sobre o bom samaritano, Jesus nos dá alguns pontos que certamente devem fazer parte da vida de um homem ou de uma mulher de Deus.
Visão: O Bom Samaritano "viu" o homem semimorto no caminho (Lucas 10:33 – João 4:35).
Compaixão: O Bom Samaritano teve compaixão do homem caído (Lucas 10:33 – Marcos 6:34, I Jo 3:17).
Associação: O Bom Samaritano se aproximou do homem caído (Lucas 10:34 – Mateus 11:19).
Unção: O Bom Samaritano usou óleo que é símbolo do Espírito Santo (Lucas 10:34 – Salmos 23:5 I Cor. 12:3, Atos 1:8, Atos 10:38).
Purificação: O Bom Samaritano usou vinho que é um símbolo do sangue de Jesus Cristo (Lucas 10:34 – Mateus 26:27-29 – I Jo 1:7).
Consolidação: O Bom Samaritano levou o homem para uma hospedaria para cuidados futuros (Lucas 10:34 – Atos 2:42, Atos 11:22-24).
Provisão: O Bom Samaritano pagou pela despesa para cuidar do homem (Lucas 10:35 – Atos 11:28, Lucas 8:3).
Quem é o irmão mais próximo nesta parábola? O samaritano. Não foi o sacerdote, nem o levita.
O sacerdote e o levita representam o sistema religioso falho. O homem caído na estrada, um pecador.
O samaritano representa Jesus e Seu amor, ou um verdadeiro cristão, que ama o seu próximo e ama a Deus. A hospedaria poderíamos dizer que seria uma figura da igreja, se fizéssemos uma alegoria deste texto. Na realidade, precisamos ter essas sete características para sermos bem sucedidos em nossa vida cristã.
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