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Programa : O santuário terreste

Objetivo

Mostrar a importância dos serviços do santuário para a nossa salvação.





Dicas para o programa:

1-Oriente aos oradores que não fiquem lendo todo o tempo, mas que estude suas partes e faça uma breve explicação do assunto, para que não se torne cansativo.

2-Faça um concurso de velocidade bíblica com passagens que fale sobre o santuário.(Êxodo, Levítico, Números e Hebreus)

3-Faça uma exposição em um painel de figuras do santuário, as pias, a arca e todu que for possível, para que a igreja possa ter uma visão de como era realmente o que foi contruído. Clique aqui e imprima as figuras





Introdução

" Satanás odeia a verdade do santuário, pois sabe que ela é a suprema verdade do Céu para hoje. Ela envolve diretamente a sua pessoa – seu destino e condenação, sua futura e final extinção. Ele esta procurando ganhar tempo. Deseja intensamente arrastar para a perdição o maior número de pessoas possível. Iniciará e estimulará, portanto, toda tentativa para modificar, reestruturar, deturpar ou alterar a ênfase e o conceito da Verdade do Santuário, e invalidar o testemunho, reprimir seu ensino e corromper sua integridade.-" Leroy Edwin Froom / Revista Ministério Jan./Fev. 1984 , pág. 14





“E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles.” (Êxo. 25:8)



O santuário terrestre possuía três funções principais: (a) A morada e presença de DEUS entre Seu povo; (b) local especial de adoração; (c) sistema de ensino da verdade da salvação para a vida eterna – “importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali prosseguida em prol da redenção do homem, deveriam ser ensinadas pelo santuário terrestre e seu cerimonial.” (Cristo em Seu santuário, 38). O santuário, como casa de DEUS entre os homens, por si ensina que DEUS, O Criador, O Pai, tem desejo de estar entre Suas criaturas. O santuário é como a casa do Pai, para onde as criaturas se dirigem para amar o Pai, ou seja, para adorá-Lo. O motivo porque existimos é a adoração. Adoração é a glória de DEUS em Seus filhos, isto é o mesmo que amar a DEUS. Adorar é o ato de amor da criatura para com O Criador, para isto foi instituído o sábado e foi construído o santuário. O sábado é, em si, um santuário no tempo, o templo, é um santuário no espaço físico, ambos se completam para a perfeita adoração ao Criador.



A adoração é essencial para toda a criatura porque por ela nos vinculamos a Quem mais nos ama.







Orador I

UM Tipo das Coisas Vindouras

“Tal era o serviço efetuado como "exemplar e sombra das coisas celestiais". E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre, é feito na realidade no ministério do santuário celestial. Depois de Sua ascensão, começou nosso Salvador a obra como nosso Sumo Sacerdote. Diz Paulo: "Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." Heb. 9:24.” (Cristo em seu santuário, 94). O santuário terrestre era uma encenação bem realista dos fatos reais no santuário celeste. Havia, no entanto, uma exceção: a morte de JESUS. Esta não ocorreu no céu, lá não se derramou sangue. Isto ocorreu aqui entre nós. Ele, como o cordeiro da salvação, deu Sua vida por nós nesta terra, fora dos muros de Jerusalém. No entanto, assim como na terra, no céu, havia e há intercessão. Na terra, muitos sacerdotes, no céu, o sacerdote é o próprio que morreu pelos pecados dos seres humanos. Essa é outra diferença vital.



Tudo, no santuário possuía significado. As lâmpadas do castiçal simbolizavam representam a palavra de DEUS que ilumina o mundo com a verdade (Parábolas de JESUS, 407); o óleo, o Espírito Santo (idem); O sal simbolizava a justiça de Cristo; O pão da proposição, um reconhecimento da dependência do homem, JESUS é o pão vivo que desceu do céu; os querubins sobre o altar representavam a reverência pela Lei de DEUS; a arca sagrada era símbolo do próprio JEOVÁ; o cordeiro sacrifical, era símbolo do Cordeiro de DEUS; o propiciatório, a graça perdoadora. Muitos eram os dispositivos e seus símbolos, todos destinados ao ensino da verdade da salvação relacionado ao sacrifício de CRISTO na cruz, altar do cordeiro de DEUS.



Um aspecto relevante no sistema de rituais do santuário: a decisão pelo perdão partia da livre iniciativa de cada pecador. E sempre será assim, até que seja extinta a morte na terra.





Orador II

O Sacrifício Diário



O sacrifício diário constava de dois cordeiros, todos os dias do ano, inclusive nos dias de festa. Um sacrifício pela manhã, bem cedo, que expiava os pecados cometidos durante a noite; outro pela tarde, por volta das três horas, pelos pecados cometidos durante o dia, até aquele momento. (além desses sacrifícios, haviam outros, e muitas outras atividades diárias.) Esses dois sacrifícios cobriam temporariamente todo pecado cometido. Os pecados eram expiados provisoriamente nos sacrifícios da manhã e da tarde, e incluíam os pecados de todo o povo. Eles se acumulavam do altar para o santuário, e eram expiados no dia anual da expiação, quando recebiam perdão aqueles que de fato se arrependeram de seus pecados. Portanto, o tempo entre cada sacrifício diário e o dia da expiação era para eles um tempo de graça para arrependimento dos pecados ocultos, inconscientes, esquecidos ou involuntários, pelos quais não tinham oferecido sacrifício específico. Naquele dia especial, quem não estivesse arrependido, seria banido do arraial do povo de DEUS (Lev. 23:29). Esse dia era como o fechamento da porta da graça no nosso tempo, após o juízo dos mortos e dos vivos. Esses dois sacrifícios diários eram pelo povo todo, pecados cometidos pela ignorância ou que não se deram conta.



Além desses dois sacrifícios, haviam as ofertas pelo pecado, chamadas ofertas de cheiro suave, oferecidas a qualquer momento. Nessas, o pecador trazia um cordeiro, “colocava a mão sobre a cabeça da vítima, a matava à porta do tabernáculo; depois, o sacerdote espargia o sangue sobre o altar ao redor.” (Ritual do santuário, 142).



Entre muitos ensinamentos, esses sacrifícios mostram que só por sangue o pecado pode ser perdoado, ou seja, só havendo derramamento de vida em lugar do que morre, para que torne a viver. Não existe confissão auricular a outro ser humano para por esse meio obter perdão; não existem indulgências para perdoar pecados do passado, do presente e do futuro. Só existe JESUS, que pelo derramamento de Seu sangue, Sua vida, em lugar da nossa morte, buscando a reconciliação com os que se rebelaram, pode perdoar. Só JESUS pode perdoar todos os pecados. Nós podemos e devemos nos perdoar uns aos outros, devemos viver em paz, mas esses pecados, e qualquer pecado cometido contra DEUS e contra os homens, contribuiram para que JESUS padecesse na cruz, assim como qualquer pecado requeria a morte de um cordeiro sobre o altar e expiação anual.





Orador III

O Serviço Anual



O serviço anual era o dia da expiação, ou da purificação do santuário, equivalente aos dias que antecedem ao fechamento da porta da graça para o nosso tempo. Quem quer que naquele dia não afligisse sua alma, era extirpado de Israel. A preparação ocorria durante os dez dias antecedentes. Eram dias de arrependimento, equivalentes ao futuro próximo alto clamor, antes do fechamento da porta da graça. Era tempo para que O Espírito Santo efetuasse mudança no caráter dos adoradores, para que não quisessem mais pecar como antes. O sacerdote passava uma semana em oração e preparação do ritual.



No dia da expiação, todos se levantam cedo. Eram realizados os sacrifícios diários como sempre. Então se iniciava o ritual especial desse dia. O sumo sacerdote recebe dois bodes e um carneiro, e também traz sua oferta pessoal, e oferece tudo ao Senhor. Lança-se sorte sobre os dois bodes, sendo um para o Senhor, e outro para Azazel (satanás). Então mata o novilho pelos pecados pessoais dele.



Morto o novilho, toma brasas do altar, coloca no incensário, entra no tabernáculo, passa pelo lugar santo e entra no santíssimo, colocando o incensário no propiciatório. Faz isso para que ele mesmo não morra. Então sai, e o sacerdote lhe entrega o sangue do novilho, que leva ao santíssimo, entrando ali pela segunda vez. Esparge o sangue com o dedo sobre o propiciatório. Está fazendo expiação por si e pela sua casa. Sai outra vez do santíssimo.



Na seqüência, o sumo sacerdote mata o bode do Senhor, que é pelo pecado do povo. Torna a entrar no santíssimo, pela terceira vez, e esparge sangue do bode sobre o propiciatório e diante dele. Sai do santíssimo e faz o mesmo pelo para a tenda da congregação, ou seja, no lugar santo. Assim fez expiação pelas imundícias dos pecados no santuário, no lugar santíssimo e no lugar santo. Então, saindo da tenda, vai ao altar, fora, esparge sangue sobre os cornos do altar, fazendo expiação por ele, e purifica as imundícias de Israel. Essa expiação significa a morte de JESUS pelos pecados de todas as pessoas de todos os tempos.



Tendo purificado o santuário, a tenda e o altar, é a vez do bode vivo. Ele coloca ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo, e confessa solenemente todas as iniquidades de Israel, colocando-as simbolicamente sobre o bode vivo, e o envia ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Dessa forma, “expiará o santuário; também expiará a tenda da congregação e o altar; semelhantemente fará expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação.” (Lev. 16:30) Então houve expiação pelo santuário e pelo povo, ela foi dividida em duas partes.



Cada manhã e tarde o altar era contaminado pelos pecados do povo. Os pecados do povo contaminavam o altar, e os pecados de um sacerdote também contaminavam o santo lugar, onde espargia sangue por ele. Então, tanto o altar como o lugar santo eram contaminados durante o ano. No dia da expiação, os pecados do sumo sacerdote contaminavam o santíssimo, e, nesse dia, pela sacrifício especial do bode ao Senhor, que representava JESUS morto na cruz, eram purificados tanto o santíssimo, o santo, como o altar externo, e posto sobre o bode Azazel e levado ao deserto. Ou seja, durante o ano, os pecados do povo lhes eram perdoados, mas o registro permanecia em algum lugar no santuário, ou no altar, ou no lugar santo. No dia da expiação, esses pecados eram purificados pelo sangue do bode do Senhor, e depois, finalmente, a parte dos pecados que são de responsabilidade de satanás, são colocados sobre o bode Azazel, e levados ao deserto, para fora do acampamento. O santuário, dessa forma simbólica, era totalmente purificado. Mas quem perdoa não é Azazel, e sim, JESUS, representado pelo bode pelo Senhor. JESUS morreu voluntariamente na cruz, deu Sua vida por nós sem ter pecado. Satanás não deu a vida por ninguém, é o maior de todos os pecadores e leva os outros a pecar. Por isso, no final de toda a história, ele pagará com sofrimento o mal que levou os outros a cometer, na parte da culpa que lhe toca. Isso que é justiça completa. Os que não irão pagar pelo que fizeram são os que se arrependeram e aceitaram a oferta de perdão por parte de JESUS.



Importante, Azazel não expia pecados, isso é feito por JESUS. Seu ato é completo para purificar o santuário. Azazel leva ao deserto a parte da culpa de todos os pecados que lhe compete, por ter instigado as pessoas ao erro. Em princípio, tudo o que de mal é feito, uma parte da culpa toca a satanás, outra, ao que a cometeu, pois é livre para escolher. A parte da culpa pessoal de cada um JESUS pagou na cruz, a parte de satanás, ele mesmo terá de arcar, essa JESUS não pagou, nem há porque pagar. Afinal, satanás não será salvo.



Assim como o bode era levado ao deserto, satanás ficará na terra desolada por mil anos. Assim como ele morria nesse deserto, satanás será morto no final dos mil anos. Assim como com esse bode todo pecado era extirpado de Israel; com a morte de satanás o Universo ficará livre do pecado para sempre. “Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado "à terra solitária" (Lev. 16:22); de igual modo Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores, e ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios. Assim o grande plano da redenção atingirá seu cumprimento na extirpação final do pecado e no livramento de todos os que estiverem dispostos a renunciar ao mal.” (GC, 485 - 486) “Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do dia da expiação. Quando se completava o ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel eram removidos do santuário em virtude do sangue da oferta pelo pecado, o bode emissário era então apresentado vivo perante o Senhor; e na presença da congregação o sumo sacerdote confessava sobre ele "todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados", pondo-os sobre a cabeça do bode. Lev. 16:21. Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação no santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e do exército dos remidos, serão então postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus; declarar-se-á ser ele o culpado de todo o mal que os fez cometer. E assim como o bode emissário era enviado para uma terra não habitada, Satanás será banido para a Terra desolada, que se encontrará como um deserto despovoado e horrendo.” (GC, 658)





Conclusão

O santuário terrestre cumpriu seu simbolismo. CRISTO, o cordeiro de DEUS, tal como diariamente se anunciava, há quase dois mil anos foi morto por nós, derramou Seu sangue em reconciliação conosco, que estávamos rebelados com Ele. Então, quando CRISTO, 40 dias após Sua ressurreição subiu para o céu, foi para o lugar santo. Ali ficou até por volta de 1844, quando passou ao lugar santíssimo, onde faz o que corresponde, no ritual anual do dia da expiação, o juízo dos mortos. Oportunamente passará a julgar os vivos. Então se fecha a porta da graça, e Ele volta, após as pragas, para buscar a todos os que se arrependeram e fora perdoados por Ele durante esse tempo em que esteve, diante do Trono de DEUS, no lugar santíssimo


Colaborador: Roberto Carlos Oliveira Carvalho