Certo dia dois amigos foram a uma banca de jornais.
Um comprou o jornal, agradeceu cortesmente o jornaleiro, sendo que este nem se abalou.
O outro amigo comentou: "Que carinha mal educado, não acha?
E o que comprou o jornal respondeu: "Liga não, ele é sempre assim!"
Indignado o amigo indagou novamente: "Então porque continua sendo educado com ele?"
Frente a indignação do colega, respondeu: "Pq não? Por que iria eu deixar que ele decidisse como eu devo agir?".
Refletindo sobre o descrito, pode-se concluir que o rapaz que comprou o jornal, AGE, enquanto que a maioria das pessoas REAGE.
Ele demonstrou ter senso de equilíbrio interior que falta à maioria das pessoas; ele sabe como é, o que é, como deve proceder, tem convicções próprias.
Recusa-se a retribuir incivilidade com incivilidade, porque assim já não seria senhor de sua própria conduta.
Quando a Bíblia nos recomenda que paguemos o mal com o bem, consideramos isso uma injunção moral, o que é verdade.
Mas é também uma receita psicológica para nossa saúde emocional.
Ninguém é mais infeliz que aquele que apenas reage. Seu centro de gravidade emocional não tem raízes em si mesmo, como deve ser, mas no mundo fora dele.
Sua temperatura espiritual está sempre sendo elevada ou abaixada pelo clima social que o cerca, e ele é uma simples criatura à mercê desses elementos. O elogio lhe dá uma sensação de euforia, que é falsa porque não provém de
auto-aprovação. As críticas o deprimem mais do que devem, porque confirmam sua própria opinião insegura de si mesmo. As caras feias que lhe fazem ferem-no e a mais leve suspeita de antipatia o faz amargurar-se.
A serenidade de espírito não poderá ser atingida enquanto não nos tornamos senhores de nossas próprias ações e atitudes.
Deixar que os outros determinem se devemos ser rudes ou corteses, se devemos exultar ou ficar deprimidos,
é abrir mão do controle sobre nossa própria personalidade, que, afinal, é tudo quanto possuímos |