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jovem mulher, linda e sofisticada, porém, sarcástica, que estava sentada no fundo da sala de aula.
Disse ela:
Senhora Peale, em sua explanação, você afirmou categoricamente que o casamento é a maior carreira da mulher. Pois em minha opinião, o casamento está prestes a
desaparecer, e a maioria de nós aqui pensa da mesma maneira. Não cremos que seja necessário, ou mesmo desejável, alguém amarrar-se a uma outra pessoa nos seus
vinte anos, e restringir-se a ela para o resto de sua vida. Achamos isso ridículo!
Todos os olhos se fixaram na jovem estudante, enquanto ela continuava:
Estou dormindo com um sujeito de quem eu gosto. Não quero me casar com ele, e não creio que ele tenha a intenção de se casar comigo. Este não é o meu primeiro caso amoroso e provavelmente não será o ultimo. Não vejo nada de errado nisto.
Algum dia, quando e se eu escolher ter um filho, pode ser que, movida pela pressão da sociedade, acabe me casando. Mas enquanto este tempo não chegar, não vou me meter nisto (casamento). E se algum dia eu escolher me casar e o
relacionamento for ruim, então não me deixarei prender por esta cilada. Sra Peale, não somos cegos. Estamos vendo o que o casamento fez com nossos pais, e está fazendo com outras pessoas e não gostamos do que estamos vendo. A senhora tem alguma resposta para isso?
Então todos os rostos se voltaram para a Sra Peale, que suspirou profundamente e respondeu:
Sim eu tenho uma resposta, e a estou vivendo. Considero-me uma das mulheres mais afortunadas da Terra. Sou totalmente casada com um homem no pleno sentido da palavra: física, emocional, intelectual e espiritualmente. Somos tão unidos
que você não conseguiria colocar uma lamina entre nós. Não somos dois solitários indivíduos competidores. No entanto, vocês jamais experimentarão tal unidade nem ao menos terão um vislumbre das satisfações que ela encerra, se continuarem com esta atitude e este código de conduta.
Não vejo o por que - retrucou a jovem, porém agora com menos convicção. - Porque razão um relacionamento homem-mulher não pode ser tão significativo fora do casamento quanto é dentro?
Porque - respondeu a Sra Peale - Não existe nele o compromisso. Não existe a estabilidade. Não possui a profundidade, que é resultado de uma partilha total,
ano após ano, lutando juntos, cientes que estão construindo um relacionamento duradouro. Vocês pensam que encontramos a felicidade pelo brandir de uma varinha de condão? Não! Lutamos por ela e trabalhamos por ela. Para nós, o casamento não constitui uma cilada, nas sim um privilégio. E existe aí uma boa diferença, não acham?
E enquanto a sala fitava a Sra Peale em silêncio, ela conclui:
Este país está cheio de bons casamentos ,não pensem porém que surgiram por acaso. È preciso inteligência e determinação, e assim mesmo, o trabalho nunca
estará completo. Quando você toma tempo e se esforça para coseguir um bom relacionamento, a resposta é simplismente maravilhosa.
Nancy Van Pelt
LIVRO: Felizes no Amor: Os segredos da vida a dois