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Poesia: Papai

Existe um homem que se esmera no comprimento do dever para dar bom exemplo:

Que fica humilde, quando poderia se exaltar;



Que chora à distancia, a fim de não ser observado;



Que, com o coração dilacerado, se embrutece para se impor como um juiz inflexível;



Que, na ausência, usam-no como temor para evitar uma ação menos correta;



Que quase sempre, é chamado de desatualizado;



Que apenas fisicamente, passa o dia distante, na labuta, por um futuro melhor;



Que, ao fim da jornada, avidamente regressa ao lar para levar muito carinho e, as vezes, pouco receber,



Que esta sempre pronto a ofertar uma palavra orientadora ou relatar uma atitude benfazeja que possa ser imitada;



Que, muitas vezes passa noites mal dormidas a decifrar os segredos da vida, quando extenuado, ainda consegue energias para distribuir energias;



Que é tão humano e sensível, por isso, normalmente, sente a ausência do afeto que lhe é dado raramente e de forma pouco comunicativa.



Que, vibra, se emociona e se orgulha pelos feitos daqueles que tanto ama.



Esse homem geralmente, se agiganta e passa a Ser o valor inexorável quando deixa de existir para sempre.



Nunca perca, pois, a oportunidade de devotar muito carinho e amizade àquele que é seu melhor amigo: SEU PAI.



(Marco Antonio Struve)


Colaborador: Marco Antonio Struve