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Curiosidade: Super interessante

Como surgiu o SOS? Quando o inventor do telégrafo, o americano Samuel Morse (1971-1872), idealizou um sistema de codificação de mensagens para o aparelho, em 1835, usou como base à combinação de pontos e traços que facilitassem sua memorização. O estilo dessa linguagem abreviada já estava, portanto estabelecido. Mas somente 15 anos depois, quando uma comissão de países europeus fez algumas modificações no sistema, é que foi definido o chamado Código Morse Internacional. Entre as inovações, incluiu-se um sinal de pedido de socorro, fácil de ser lembrado em situações de emergência mesmo por pessoas com pouco ou

nenhum conhecimento de telegrafia. Era uma simples combinação de duas letras, cada uma codificada por três sinais idênticos: três pontos (toques curtos) para

o “S” e três traços (toques longos) para o “O”. segundo esse critério, a escolha poderia ter sido igualmente OSO, no entanto, os traços são sinais elétricos mais longos, cuja transmissão exige mais energia, além de tornarem

a mensagem mais demorada. Por isso, o código para chamar auxílio ficou sendo SOS, sem pontuação. Outras interpretações – como a expressão save our shirp

(“salvem o nosso navio”) – são apenas truques de memorização posteriores á adoção do código.



Como surgiu o palito de fósforo? Foi um alquimista de Hamburgo, Alemanha, chamado Henning Brandt, quem descobriu acidentalmente, em 1669, o elemento químico batizado de fósforo (do grego phos, luz, mais phoros, transportador), ao

tentar obter ouro a partir da urina. A descoberta chegou ao conhecimento do físico inglês Robert Boyle (1627-1691), que criou 11 anos mais tarde, uma folha de papel áspero, com a presença de fósforo, acompanhado de uma varinha com enxofre (elemento que se incendeia com facilidade) em uma das pontas. O calor causado pela fricção do palito com a superfície áspera fazia o fósforo liberar faíscas, incendiando o enxofre. O invento no entanto, ainda era uma curiosidade muito cara. Foi apenas um século depois, em 1826, que os palitos de fósforos, então com 8 cm de comprimento, começaram a se popularizar. O inconveniente era

que eles costumavam incendiar-se sozinhos dentro da embalagem. Esse problema seria resolvido somente em 1855 com o surgimento do “fósforo de segurança”, recoberto com um agente isolante para não pegar fogo à toa. No Brasil, produto só passou a ser fabricado no início do século XX, pela Fiat Lux.



De onde vem os nomes dos oceanos? O do Oceano Atlântico tem origem mitológica; o do Pacífico, histórica; e os três restantes (Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico), geográfico. Atlântico vem de Atlas, filho de Netuno que era, na mitologia grega, deus dos mares e pai das Atlântidas, como eram chamadas as Plêiades, aglomerado de sete estrelas da constelação de Touro. Já o batismo do

Pacífico remonta a 1520, ano em que Fernão de Magalhães percorreu o litoral sul-americano a oeste da Cordilheira dos Andes e ficou impressionado com a tranqüilidade de suas águas. O Índico,por sua vez, recebe o nome das costas que

banha: Índia e Indonésia. Já o Ártico – situado no Pólo Norte, sob a constelação da Ursa Menor – deve sua identidade à palavra grega artcos, que significa urso.

Por simples oposição geográfica, denomina-se Antártico o oceano próximo ao Pólo

Sul.



Por que os galos cantam ao amanhecer? Como ocorre em tantas outras espécies, o instinto básico dos machos galináceos é exercer e manter controle sobre um território determinado, o que inclui não apenas um espaço físico, como uma

população – no caso, o galinheiro. O galo, possui, assim, todo um repertório de características especiais para impor sua autoridade: como inchação, uma maior coloração da crista e, é claro, o canto – emitido com vigor para assustar

qualquer desafiante. “Como uma ave de hábitos diurnos, que dorme e acorda cedo, ele canta a plenos pulmões ao raiar do dia para avisar o galinheiro que ele continua vivo e no comando. Por essa razão é muito difícil encontrar um

galinheiro com mais de um galo – a menos que haja um número excessivo de galinhas – pois apenas um macho sobreviveria à disputa pela liderança,” diz o veterinário Herbert ribeiro dos Santos.



Como surgiram os nomes dos dias da semana? Foi no império romano que a astrologia introduziu o uso popular da septimana (“sete manhãs” em latim),convenção de origem babilônica. Inicialmente os nomes dos deuses orientais foram

substituídos pelos equivalentes por equivalentes latinos. Com o advento do cristianismo, o dia do Sol, solis dies, foi substituído por dominica, dia do senhor; e o saturni, dia de Saturno, por sababatum, derivado do hebraico

shabbath, o verdadeiro dia de descanso conforme consagrado na bíblia (Ver Êxodo 20:8-11). Os outros dias eram dedicados a: Lua (segunda), Marte (terça), Mercúrio (quarta), Júpiter (quinta) e Vênus (Sexta-feira). Na Inglaterra, a semana de sete dias chegou só no século V, atrasada em relação ao restante da Europa e adaptada de acordo com deuses anglo-saxões. Marte foi substituído por

Tiw, deus da guerra, dando origem a tuesday; Mercúrio, por Woden, deus da poesia: wednesday; Júpiter, por Thor, deus do trovão; thursday; e Vênus, por Friga: friday. O termo feira surgiu em português poruqe, na semana da Páscoa, todos os dias eram feriados – férias ou feira – e os mercados funcionavam ao ar livre.

Com o tempo a igreja Católica baniu os nomes pagãos dos dias da semana, oficializando as feiras. O primeiro domingo, que seria primeira feira, conservou

o primeiro nome por “dedicado a Deus”, fazendo a contagem iniciar-se na secunda-feria, Segunda-feira. O Sábado foi mantido graças a intervenção divina.

Apesar da oposição do Vaticano, as designações de origem pagã sobreviveram em todo mundo cristão menos em Portugal, graças ao apostolado de São Martinho de Braga (século VI), que combatia o costume de “dar nomes de demônios aos dias que Deus criou”.



Por que se usa a aliança de casamento na mão esquerda e a de noivado na mão direita? Os egípcios, por volta de 2.800 a.C., já usavam um anel para simbolizar o laço matrimonial. Para eles, um círculo, não tendo começo nem fim,

representava a eternidade à qual a união se destinava. Cerca de 2000 anos depois, os gregos descobriram o magnetismo, que acabou influindo também nessa simbologia. Como eles acreditavam que o dedo médio da mão esquerda possuía uma veia que levava diretamente ao coração, passaram a usar nele um anel imantado, para que os corações dos amantes permanecessem para sempre atraídos um pelo o

outro. O costume foi adotado pelos romanos e o Vaticano manteve a tradição. Já o anel de noivado foi introduzido no ano 860, por decreto do papa Nicolau I(858-867), que o instituiu como uma afirmação pública obrigatório da intenção

dos noivos. “A aliança passa da mão direita para a mão esquerda para representar a aproximação do compromisso definitivo. Do lado esquerdo, ele fica mais próximo do coração,” afirma o padre Eduardo Coelho.




Colaborador: Alexander Rangel