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Programa : O perdão

HISTÓRIA DE UM MILAGRE





Autor: Desconhecido





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Adaptado por Marcello Fundão

Essa História é baseada em fatos reais, mudei algumas palavras para que ela fosse adaptada e sendo assim possivel ser apresentada no culto J.A. ou em algum programa especial. Mesmo com a adaptação e com algumas mudanças de cenário, essa linda história não perdeu o seu significado







Personagens: Luciano – Natasha – Pastor – Mãe – Médico – Pregador



Cenário – Mesa e cadeira, como se fosse escritório, cama como se fosse hospital, poderá ser feito em cada canto da igreja, sendo que quando Luciano for para o sítio ele fique sentado no banco da frente. Um telefone de mese, dois Celulares, Coberta branca, travesseiro, uma cadeira para o hospital, tentem fazer o máximo para que se pareça com um hospital e um escritório pois as cenas todas será realizas ali. Médico deverá estar vestido de branco. O pastor de Terno.





Cenário: Canto da Igreja comuma mesa e uma cadeira como se fosse um escritório, deverá ter um telefone e algns papeis demonstrando como se o Luciano estivesse trabalhando... Derrepente o telefone Toca...

Luciano - Alô?

Nathasha - Alô. Luciano?

Luciano - Sim. Quem é?

Nathasha - Não conhece mais a minha voz?

Luciano - Não estou conseguindo identificar. Quem está falando?

Nathasha - Nossa, como foi fácil pra você me esquecer... Acho que não tivemos muito significado...

Luciano - Nathasha?!

Nathasha - Oi...

Luciano - Que surpresa você me ligar! Pra quem disse que queria me esquecer para sempre ...

Nathasha - Vai ofender? Eu desligo!

Luciano - Fique à vontade, querida. Quem ligou foi você mesmo...

Nathasha - Não, espere, não vou desligar. Desculpe. É que estou aborrecida, só isso.

Luciano - Tá. E o que você quer?

Nathasha - Nada. Eu só queria ouvir sua voz.

Luciano - Só? Então já ouviu. Mais alguma coisa?

Nathasha - Espere, pare de ser grosso. Não, não desligue. É que eu estou me sentindo muito sozinha.

Luciano - Foi você quem quis assim, querida. Prova do seu próprio veneno.

Nathasha - Realmente você não muda. Só sabe acusar...

Luciano - Bom, vou desligar. Tchau...

Nathasha - NÃO, PELO AMOR DE DEUS, não desligue, espere, preciso te dizer algo..

Luciano - Fala logo, Natasha, tenho que trabalhar.

Nathasha - Eu estava errada. Me perdoe.

Luciano - ERRADA? Você estava errada? Será que não é um pouco tarde pra dizer isso?

Nathasha - Mas agora eu reconheço...Por favor, amor, me perdoe!

Luciano - Agora? Depois que você acabou comigo, querida? Até hoje eu pago o mico do papelão que você me fez passar... Convites distribuídos, acampamento alugado, comida encomendada, viagem paga, meu casamento com você, tudo perdido... (Luciano suspira). Sofri, sofri mesmo. Queria matar você! Droga, por que eu tive que amar você? Mas tudo bem. Já faz dois anos... Ah, meu Deus, dois anos...

Nathasha - Luciano, pelo amor de Deus, me perdoe!

Luciano - Pra que você quer o meu perdão? Você nem ligou pra dizer que já estava com outro cara. Pra que perdão? Vai viajar com ele, vai viver com ele, meu bem... Só me deixe em paz, por favor.



Narrador - Luciano esta chorando baixinho, sem se dar conta, Luciano percebe uma pessoa na porta do escritório. Era ela. Natasha esta olhando pra ele. Ela falava do celular.(neste momento entra Natasha, e faz parecer como se estivesse desligando o celular, e fica frente a frente com o Luciano, tudo isso enquanto o Narrador fala.) Luciano fica perplexo, alegre e triste - ela está linda, belíssima, muito elegante. Mas seu rosto está abatido, cansado, doente. Na mão tem uma sacola. Aproxima-se da mesa de Luciano, e lhe diz:

Nathasha - Oi, amor.

Luciano - Oi, Natasha. Pare de me chamar de amor. Você está um caco, filha!

Narrador – Com o olhos baixos, Natasha começa a tirar da sacola algumas coisas: uma caixa do correio com um CD, que Luciano havia enviado de presente no aniversário, uma boneca de porcelana numa casinha de papel, um celular pré-pago, alguns livros devocionais, uma bíblia de Genebra e um pacote de fotografias. Luciano a observa, perplexo, triste, e vê as lágrimas de Natasha molharem sua escrivaninha. Cada objeto tirado era uma facada no coração sofrido de Luciano. Algumas coisas lhe custaram caro, ele fizera grande esforço para pagá-las. Mas, pensava ele, se era pra ela, valeria à pena o esforço. Quando tudo terminara, ele se arrependera de tanto gasto desperdiçado...

Luciano - Pensei que você havia jogado as coisas que lhe dei, Natasha...

Nathasha - Eu nunca me esqueci de você, Luciano. Eu errei. Errei muito, me perdoe...

Narrador - Luciano, jovem advogado, lutador com as interpéries da vida, sabia que Natasha poderia estar mentindo, como tantas outras vezes, quando namoravam e mesmo quando eram noivos. Mas havia um quê de diferente no olhar vermelho de Natasha.

Luciano - Por que você veio hoje aqui, Natasha? Deu a louca? O que te traz aqui?

(Natasha suspira, chora, recompôs-se e fala:

Nathasha - Estou com câncer, Luciano...

Luciano - CÂNCER?

Nathasha - Sim, eu vim me despedir. Saí do hospital à força, pra falar com você e pra morrer em casa...

Luciano – Estou me lembrando de suas palavras Natasha, como se fosse ontem, você disse: "E daí, Luciano? Que se dane a igreja, o pastor, que se dane você, e se Deus achar que estou errada, que me castigue..." Como aconteceu, Natasha?

Nathasha - Depois que eu deixei você, amor, fui caindo no abismo, afastei-me do Senhor, fui morar com o André, abandonei a Cristo. Eu estava cega. Mas Deus me amava, Luciano. Se eu não fosse dEle, estaria

numa boa agora, bem com o André, bem comigo e pronta pra ir pro Inferno. Mas, por amor, Deus veio corrigir-me. Ele repreende e castiga a quem ama. Ele me ama, Luciano! Estou doente. Mas estou bem, porque estou podendo vir até você pra pedir perdão! Nunca fui feliz, nunca tive paz, saí de casa com 3 meses de vida a dois. O André me batia, me traía, eu fugi.

Luciano - E ele não foi buscar você de volta?!

Nathasha - O André foi assassinado, Luciano. Tráfico de drogas. Luciano, estou voltando pro Senhor, estou me preparando pra partir. Mas tenho que receber o seu perdão, amor! Sei que nunca irei compensar o que lhe fiz, mas... por favor... ME PERDOA, AMOR!

Narrador - Luciano olha para aquele resto de mulher - outrora tão orgulhosa, confiando tanto em seu corpo e em sua fulgurante beleza, e agora, bonita ainda, mas notadamente pálida, enferma, cheia de hematomas nos braços, pescoço e pernas, e triste, profundamente triste, a implorar-lhe perdão para morrer em paz! Cena patética! Ali estava quem Luciano mais amara na vida, quem mais o fizera sofrer, a depender de uma palavra apenas, para morrer em paz! "Hora da vingança", veio-lhe à mente. Claro, agora seria a hora da revanche! Mas Luciano era um moço crente, de bom coração, e seria incapaz de reter a bênção para aquela a quem tanto amara e que, infelizmente, ainda tanto amava e o fazia sofrer...

Luciano - Quer que eu perdoe você, Natasha?

Nathasha - SIM, PELO AMOR DE DEUS, Luciano! Nunca mais tomei a Ceia do Senhor, nunca mais louvei ao Senhor com alegria, nunca mais fui membro de igreja, não agüento mais! Aceito as conseqüências, mas, por favor, diga que me perdoa!

Narrador - Enxugando as lágrimas, refazendo-se, Luciano olhou-a no fundo dos olhos, tomou as suas duas mãos, que estavam frias como as de um defunto, e lhe disse:

Luciano - Querida: desde que você foi embora eu já havia lhe perdoado. Mas, se você quer escutar e sentir paz, ouça-me: EU PERDÔO VOCÊ POR TUDO QUE ME FEZ VOCÊ ESTÁ LIVRE EM NOME DE JESUS!

Narrador - Natasha tremeu, sorriu, chorou e caiu desmaiada. (Neste moemnto Luciano pega a Natasha e a leva para o outro canto da igreja onde deverá ter uma cama -ou algo que se pareça com uma cama - e colocar Natasha deitada, e jogar um lençol branco sobre ela, enquanto o Narrador vai falando.Luciano depois disso feito pega o telefone e faz tudo que o Narrador fala.) Luciano então a leva para o hospital. Luciano tinha o telefone de toda a família ainda, ligou e avisou. Em uma hora todos estavam ali na recepção, tristes, aflitos, alguns desesperados. Chegou o pastor. A família implorou-lhe que fosse até a UTI orar com ela. O pastor, que conhecia o Luciano, olhou bem pra ele, pensou, fechou os olhos em oração, e, a seguir, falou:

Pastor - Quem tem que entrar é o Luciano. Vá lá, Luciano. Eu pedirei autorização ao diretor da UTI,.



Luciano - EU, PASTOR?

Pastor - Sim, filho. Ela é o seu amor.

Luciano – FOI. PASTOR MEU AMOR...

Pastor - Não, filho. Deus o uniu a ela novamente, ainda que seja na despedida.

Narrador - Luciano não sabia o que fazer. A família, desconsolada, chorava, mas a mãe, certa do que tinha que ser feito, empurrou o Luciano até a porta, dizendo:



Mãe de Nathasha - "Vai, filho, corre, antes que seja tarde!"

Narrador - Ah, aquele corredor que dava para a UTI parecia não ter fim! Cada passo dado era uma lembrança: o primeiro beijo, a primeira maçã do amor, o primeiro jantar, o primeiro pôr-do-sol juntos, o dia em que viajaram num encontro missionário, o dia em que foram juntos à praia e que ele deu de

presente a primeira rosa! O jantar de noivado, os telefonemas, tudo. Não se lembrou das recordações da tragédia, da traição, do desprezo. Na verdade quem ama guarda as más experiências numa sacola furada. E Luciano fez assim, Luciano entrou. Lá estava Natasha, no número 6. Estava no respirador artificial, cuja sanfona funciona como um pulmão e faz um barulho horripilante. Estava linda, mas totalmente ligada a aparelhos, notadamente cansada, em coma, morrendo. Luciano sentiu sua dor. Chora. Treme. Segura forte a mão de sua amada. Pensa em Cristo, que dera a vida pela noiva, pensa em Oséias, que aceitou a esposa adúltera novamente, pensa em Deus, que tantas e tantas vezes tratou a Jerusalém com compaixão. Quem era ele para não perdoar? Quem era ele para não acolher? Então orou.

Luciano - "Senhor, o que posso dizer? Minha garota está morrendo! Ex-garota, claro. Mas mesmo assim está doendo, Pai! E eu sou impotente diante de tudo isso! Essas máquinas, esse cheiro de éter e de carnes

inflamadas, esse barulho infernal, meu Pai, o que posso dizer? Que deixe a minha garota morrer em paz? Sim, Senhor, leve-a para a tua glória! Eu a amo! Mas sei que tu a amas mais do que eu! Abençoa a

Natasha, mas, Senhor, se ainda houver um espaço para ela viver para ti, recuperar parte do tempo perdido, se na tua infinita misericórdia não for demais, por favor, Senhor, cura a tua serva. Ela já sofreu bastante,

ela aprendeu, Senhor. Até eu, que fui o mais ofendido, já a perdoei! Por favor, Senhor, se der, devolve-lhe a vida! Mesmo que não seja pra viver comigo. Em nome de Jesus. Amém".

Narrador – Luciano olha mais uma vez Natasha e sae triste e quase sem esperanças, chega para a mãe de Natasha e fala:



Luciano - Por favor, me avisem, me avisem quando tudo terminar. Quero estar presente

Narrador – Luciano sai cabisbaixo, (neste momento Luciano poderá sair de cena e ficar ou na frente do banco, onde vai ler sua próxima cena, ou na sala pastoral, ele deverá ficar fora de cena enquanto o narrador fala.) e vai para um sítio próximo ao hospital, e ao ver o por do sol, para e começa a chorar, seus pensamentos corriam mais que o vento: por que tudo isso estaria acontecendo? As coisas não poderiam ter sido mais fáceis? E agora? Ele,no sítio, ela no hospital, a lembrança daquelas máquinas monstruosas de prolongar a vida não lhe saíam da memória... As lágrimas corriam, misturadas à poeira do vento seco do caminho. E num grito de dor e lamento, chorou. Ah, como chorou! Seu pranto escorria pela porta do carro. Os pássaros, assustados, aquietaram-se nas árvores, contemplando aquele misto de dor e revolta. Parecia que todo o mundo fazia silêncio em respeito a tanta dor.

Luciano (Oculto)- Deus, por que? Por que? Por que? Por que tive que amá-la? Por que tive que vê-la? E agora, Senhor, o que fazer? E se tu a levares? O que será de mim? Eu já estava quase esquecendo, Senhor! Agora tudo volta a doer! Senhor, Senhor...

Narrador - Cansado de tanto chorar, acabou dormindo. Ali estava um moço de valor, que amava e que lutava entre sua vontade e a vontade de Deus. Sonhou durante o sono, no delírio da febre. Sonhou estar na igreja. Viu o pastor a pregar, e, ao seu lado estava Natasha, bonita e sorridente. Lá do púlpito o pastor dizia: "Aquele que amar mais à sua mulher, mais do que a mim, não é digno de mim – palavras de Jesus!" E, aos poucos, o sorriso de Natasha foi sendo coberto por uma neblina e desaparecia. Assim acordou. Assustado e cônscio de que Deus falara com ele, pôs-se a orar, dizendo:

Luciano(Oculto) - Senhor, sei que é difícil, mas tenho que fazer isso.Confesso que estou revoltado, ó, Pai. Quero fazer a minha vontade, não a tua. Eu não estou conseguindo aceitar a tua vontade, caso seja a de levá-la embora! Sei que estou errado, Senhor, e sei que é isso que quisestes me falar. Senhor, sou teu servo e quero te obedecer. Se irás tirar a Natasha mais uma vez, tira-a, apesar de mim. Por mais que isso doa, Senhor, prefiro assim: não quero perder-te Senhor. Só me ajude e console o meu coração... Tu sabes o que será melhor para ela, e também melhor para mim. Em nome de Jesus, amém.

Narrador – Uma oração sincera e profunda, foi feita por Lucinao, mas ele ouve o celular tocar.(neste momento entra o Pastor em cena vai até Natasha que deverá estar deitada e liga para o Luciano.)

Luciano(Oculto) - Alô?

Pastor - Luciano?

Luciano (Oculto)- Sim, sou eu.

Pastor - Aqui é o pastor, filho. Como você está?

Luciano(Oculto) - Bem mal, pastor. Mas sobrevivendo...

Pastor - Eu orei por você, garoto. Pedi a Deus para lhe fazer suficientemente forte para renunciar, se preciso for. Você quer conversar sobre isso?

Luciano(Oculto) - Já o ouvi pregar agorinha mesmo no sonho, já renunciei a Natasha. Está doendo, mas estou em paz. Obrigado.

Pastor - Ótimo. Então volte pro hospital. A Natasha acordou e saiu do estado crítico. Ela quer ver você...

Luciano (Oculto)- O QUE??? SÉRIO, PASTOR?

Pastor - Séríssimo. Vem com calma, mas acelera, filho...

Narrador - Não levou meia hora e Luciano estava no hospital. Quando é recebido pela mãe de Natasha.(entra Luciano e vai logo recebendo um abraço da mãe de Natasha.)



Mãe de Natasha - Filho, corre, ela está chamando por você! Vai, filho! Deus está agindo!

Eu já a vi, mas ela teima que quer ver-lhe!

Narrador - Agora o corredor do hospital era longo demais para ele. Se pudesse, daria três passos em um, para chegar mais rápido e contemplar o rosto de sua amada. Seu coração estava disparado, pensava no que ouviria e no que diria. O suor lhe escorria pela face e as vistas estavam enfumaçadas. Box 06. Lá estava ela, e três médicos palestrando. Ao olharem o rapaz, perguntaram:

Médico - Você é o Luciano?

Luciano - Sim, doutor, sou eu. Por que?

Médico - Converse um pouco com ela. Ela gritou o seu nome por mais de meia hora e nos deixou quase loucos! Isso é que é amor! Mas seja breve, ainda não entendemos essa súbita melhora. Temos que medicá-la novamente.

Narrador - Aproximou-se do leito. Os lábios de Natasha estavam sangrados, a boca ferida, o pescoço estava com fios, braços e pernas com soro, sondas, enfim, uma cena dramática, mas não tanto quanto na última vez. Pelo menos o respirador artificial estava desligado, e em silêncio...

Natasha - Lu..cia..no.. me.u...a..mor....

Luciano - Fala, querida, eu estou aqui!

Natasha - Je..sus....veio..a..qui! Eu..vi!

Luciano - Você estava sonhando, querida.

Natasha - Nã..ão, meu ..a..mor, Je..sus veio...me di..zer.. uma..coi..sa!

Luciano - E o que Jesus lhe disse, amor?

Natasha - Dis.se...que.. vo..cê..me ama..va e..que..es.ta...va... (cof! cof!) es..ta..va. orando lá..num sí..tio..por..mim...e ...lu..tan..do ....para me renun..ciar...E..le.. me..dis..se..que..a.ceitou..a.sua..or.a..ção!

Luciano - E sobre você, amor, ele disse alguma coisa?

Natasha - Dis.se..pa..ra....que..eu não ....pe..casse.. de no..vo... -

(Natasha adormece.)

Luciano - Natasha!!! Natasha!! Não morra!!!

Médico - Calma, garoto ela só adormeceu. Fique tranqüilo, mas saia agora, temos que seguir os procedimentos necessários.

Narrador - E assim foi. Natasha saiu do hospital em 20 dias. Sem explicação convincente, os médicos quiseram impetrar a si mesmos um erro de avaliação e diagnóstico,dizendo que pensaram que havia câncer onde nada existia, mas não sabiam explicar as dúzias de exames, de biópsias, de ressonâncias e de quimioterapias feitas. Claro, grande parte da medicina desconhece o poder de Deus, a misericórdia do Altíssimo. E um câncer desaparecido tem que parecer um mero "erro médico". Mas o milagre acontecera de fato... Outra tarde, fim de expediente no escritório de Luciano, chega Natasha e fica de pé em frente à escrivaninha de trabalho dele.

Natasha - Luciano, de agora em diante eu viverei cada dia como um milagre do Senhor, e viverei apenas e tão-somente para a glória dele.

Luciano - Que bom, Natasha! Espero que você seja feliz! Orarei sempre por você!

Natasha - Luciano...

Luciano - Fale, querida.

Natasha - Quero pedir só mais uma coisa.

Luciano - Se eu puder atender...

Natasha - Eu quero me casar com você e ser a sua mulher, a sua companheira, e servir ao Senhor ao seu lado. Eu te amo! Me perdoe por tudo que fiz!

Narrador - Era tudo o que o rapaz queria ouvir. Sorridente, abre a gaveta da escrivaninha e tira uma linda boneca de porcelana, numa casinha de papelão, idêntica à primeira, presenteada quando começaram a namorar. Levanta-se, entrega-lhe a boneca, abraça sua amada pela cintura, trazendo-a para junto de seu rosto, e lhe disse, com um brilho jamais visto em seu olhar:

Luciano - Eu perdôo você e quero recebê-la como minha esposa, amor. Eu te amo!

Também te amo, querido!

Narrador - Não se podia descrever o que era mais bonito e brilhante; se o brilho do sol da tarde, clareando toda a sala pelas vidraças, ou se o brilho do beijo de Natasha e Luciano, ao som da mais linda música que o mundo pode ouvir: o palpitar de dois corações apaixonados. Aliás, apaixonados por Deus primeiramente, e, por causa do Senhor, apaixonados um pelo outro...

Pregador: Deverá fazer um sermonete de no máximo 5 minutos sobre o perdão.



The End








Colaborador: Marcello Fundão