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Quando minhas mãos calejadas, doloridas, cansadas pela lida do dia, não obter forças para um aperto de mão,
Que eu olhe para as mãos de Cristo feridas por pregos dos erros , que também foram meus, e de tanto amor, mantiveram-as espalmadas.
Quando os meus pés derem passos reversos, calejados pela dor, angustiados por me levarem à estrada do perigo, ao caminho da perdição,
Que eu olhe para os pés de Cristo pendurados na cruz, dilacerados pelas chagas, mas que se mantiveram juntos até o fim.
Quando meu tronco cansado pela carga pesada de cada dia, pela doença que aflige o meu corpo... e assim sendo, me vejo reclamando e murmurando!
Que eu olhe para o corpo de Cristo na cruz, transpasado pela espada do horror, sangrando tamanha dor, carregando nas costas feridas, o peso de toda humanidade.
Quando de cabeça baixa, eu estiver a movimentar a minha fronte, num ato de reprovação,
Que eu olhe para o rosto de Cristo... caído sob a rude cruz! projetando naquele último instante... num gesto de grande nobreza! a maior prova de compreenção e perdão!
Permita-me Jesus, pregar a minha cruz junto à Sua.
E se da minha face triste e caída não souber proferir bênçãos...
Cale-me! com o mais vil vinagre.
Débora Lauriano Santos
Baseado em Efèsios 4:25-32 / 5:1, escrito em 11 de novembro de 2002. fazendo uma seção de quimioterápia no hospital STa.Rita.Do Estado do ES.AMÈM!