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Peça : Mentira – A Lição de Pablo!

(Este programa, escrito pelo pastor Jorge Mário. É baseado na história de Pablo, o menino mentiroso. originalmente foi elaborado para ser apresentado no dia 01 de Abril. No entato, nada impede que seja adaptado para outras ocasiões oportunas.)



Momentos de Louvor:



Hino Inicial:



Texto para Reflexão:



"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." II Tim. 2:15



Oração Inicial:



Introdução:



(Deverá ser feita através de um diálogo entre três pessoas aqui chamadas de A, B e Professor...)





A. Você não acha incrível ter um dia dedicado à mentira?

B. O mais incrível ainda é não ter no calendário um dia dedicado à verdade!

A.Como será que surgiu esse tal dia da mentira? Gostaria muito de saber.

B.Eu também. Será que o professor ___________não saberia nos dizer? Ele sabe tudo!

A.Vamos procurá-lo. Tenho certeza que vai nos explicar. ( Saem)

Música:



(Entram os dois alunos e o professor)



Professor: Então vocês querem saber a origem do dia da mentira!



A. Exatamente isso. Como pode haver um dia dedicado à mentira sem haver um dia dedicado à verdade?

Professor: O pior é que eu também não sei!



(Falando discretamente para B só que todos devem ouvir) E a gente achava que ele sabia tudo.

Professor: O que vocês disseram?



A. Nada não professor.



Professor: Viram como é fácil a gente mentir? É quase tão natural como respirar. Nossa natureza carnal está impregnada com a mentira.



A. Desculpe professor. Não queríamos ser indelicados, com o Senhor. Só que estamos decepcionados porque sempre achávamos que o senhor sabia tudo.



B. E agora nós lhe pedimos uma informação e o senhor não sabe.



Professor: Porque não fazem uma monografia sobre o assunto? Não é uma boa idéia? Assim descobrirão por si mesmos a origem do dia da mentira.



A. Professor, se o senhor não sabe tudo bem, mas não vem com essa história de monografia.



B. Acho melhor esquecer esse assunto do dia da mentira. Saber ou não saber sua origem não vai mudar nada mesmo.



Professor: A origem exata desse dia é meio obscura. Mas existe uma explicação interessante. Pelo menos satisfaz a curiosidade. É a seguinte:



" Originalmente, Abril era o primeiro mês do ano, o tempo alegre em que nas regiões frias, a neve desaparece e as folhas brotam nos arbustos e árvores.



Os animais entocados reaparecem após o longo sono de inverno. Pássaros retornam do sul e abelhas começam a juntar néctar das primeiras flores.



Quando houve a mudança do calendário em 1564, alguns continuaram a considerar Abril como sendo o primeiro mês do ano e foram chamados de tolos.



Por isso, 1º de Abril é o dia dos tolos, pois, tais pessoas eram vítimas de trotes como caminhadas inúteis ou crença em alguma coisa absurda. "



É isso o que sei. O restante são conjecturas. Algumas tão tolas quanto o próprio dia. Satisfeitos?



Valeu professor.

Nós tínhamos certeza que o senhor sabia sobre isso.

O senhor sempre sabe tudo!

Professor: Cuidado com a mentira! (Saem)



Música:



Conteúdo Central:



( Entra um menino com vários chapéus na cabeça e alguns em suas mãos. É um vendedor de chapéus. Andando de um lado para outro grita)



Pablo: Olha o chapéu. Compre dois e leve três. Liquidação de chapéu. Compre um para você e leve outros para seus filhos.



( Uma senhora se interessa pelos chapéus e compra.) Muito bem senhora, fez uma grande decisão comprando chapéus das mãos de Pablo.



(Pablo continua gritando. Várias pessoas o abordam. Algumas compram, outras não. Depois de vender quase todos os chapéus, senta-se. Coloca seus chapéus ao lado e contando seu dinheiro, diz em voz alta: )



Pablo: Hoje fiz uma grande venda. Ganhei pela semana toda. Vendi oito chapéus e o meu burro para o missionário Thompson. Um grande negócio! (Levantando-se) Agora vou embora, também preciso brincar um pouco. Afinal de contas ainda sou um menino.



(No momento em que Pablo está saindo, entra o missionário Thompson. Está de terno. Dirigindo-se ao Pablo diz: )



Pastor Thompson: Finalmente lhe achei menino!



Pablo: Olá pastor Thompson! Que bom ver o senhor! Tive hoje um grande dia. Ganhei dinheiro para toda a semana. E o senhor teve um grande dia também?



Pastor Thompson: Não Pablo. Estou tendo um péssimo dia. Um dia como há muito tempo não tinha. E acho que em parte você é responsável por isso?



Pablo: Eu? Pastor Thompson? O que foi que lhe fiz? Sou apenas um menino?



Pastor Thompson: É verdade. Você é apenas um menino. Só que com detalhe especial. Você é um menino mentiroso. Quando me ofereceu o seu burro, você me disse que era um burro trabalhador, bem disposto, treinado...e um monte de virtudes das quais não me lembro mais. Só que desde o momento que você saiu de perto dele, não deu mais nenhum passo... Aliás, nunca vi em toda minha vida, um burro tão teimoso!



Pablo: É que o burrichó está acostumado comigo pastor Thompson. Vai vê que está sentindo falta de mim!



Pastor Thompson: Seja lá o que for. Você me vendeu o burro e vai ter que fazer o burro andar. Eu preciso dele. Tenho que fazer visitas nas aldeias. Olha aqui Pablo. Eu poderia ter comprado um outro burro, mas comprei o seu porque me garantiu de que era um burro muito bom. E ele vai ter que ser porque você vai assumir a palavra que me deu na hora da venda.



Pablo: Mas pastor Thompson, o que vou fazer se o burrichó não quer andar?



Pastor Thompson: O problema é seu. Você me disse que ele andava que era uma beleza! E o bicho está lá, empacado. Não vai prá frente e nem prá trás. Parece uma múmia de burro. Já viu múmia de burro?



Pablo: Não.



Pastor Thompson: Pois nem eu. Mas é o que o seu burrichó parece.



Pablo: Ele não é mais meu. Eu vendi o burrichó para o senhor.



Pastor Thompson: Estou tendo uma idéia! Você vai andar comigo até que o burrichó se acostume a me obedecer.



Pablo: Eu não posso pastor Thompson! Tenho de vender meus chapéus.



Pastor Thompson: Venda-os por onde eu for.... Pablo, você precisa assumir as responsabilidades de sua palavra. Vendeu-me um burro chucru, pois agora, aguente. Amanhã, às seis horas da manhã, passo em sua casa.



Pablo: Seis horas é muito cedo pastor.



Pastor Thompson: Mas é a hora em que saio para o trabalho. Preciso do burrichó às 6 horas e como ele só anda com você às 6 horas, você faz o burro andar. Agora vá, passe lá no local onde você deixou o burro comigo e leve-o para sua casa. E amanhã esteja pronto às 6 horas para sair o dia inteiro comigo.



Pablo: Até a manhã, pastor Thmposon.



Pastor Thompson: Até a manhã Pablo. Durma bem, pois teremos uma dia cheio de atividades. (Depois que Pablo sai diz:) Menino mentiroso! Para me vender o burro, disse-me coisas do arco da velha! Colocou o burro lá em cima! Vou ensinar esse garoto a viver! (Sai)



Narrador: Os dias se passam.... Pr. Thompson e Pablo trabalham juntos cada dia. Pablo puxando o burro e o burro levando o missionário em seu trabalho. Se Pablo soubesse disso, nunca teria mentido para poder vender o burrichó para o pastor Thmposon....Finalmente....



(Entram Pastor com um pasta na mão e o Pablo)



Pablo: Estou gostando de acompanhar o senhor, pastor Thompson. No começo eu não gostava muito, mas agora acho que vou ficar todos os dias com o senhor.



Pastor Thompson: Eu também tenho gostado muito de sua companhia. As coisas não acontecem na vida da gente por acaso. Deus tem seus planos. Vamos nos assentar aqui, quero conversar com você. (sentam-se) Pablo, nesses dias em que estivemos juntos, não foi difícil para eu perceber um grande defeito em sua vida.



Pablo: Defeito? Não sou aleijado pastor Thompson?



Pastor Thompson: Eu sei Pablo. Você é um garoto perfeito. Tem olhos, braços, pernas, pés e mãos pefeitos. Você é um menino muito inteligente. Mas estou falado de um grande defeito de caráter que você tem. Pablo, você é mentiroso. Você mente como se estivesse falando a verdade. Aliás, a mentira é tão comum em sua vida, que ela passa a ser verdade. Você nunca chegará a ser um homem de bem, se continuar mentindo assim. Você é um mentiroso Pablo. Precisa deixar de mentir.



Pablo: Mas são só de vez em quando e todas mentirinhas.



Pastor Thompson: Algumas até podem ser mentirinhas, mas a maioria delas são mentiras que prejudicam aos outros. Se você não parar de mentir, chegará o dia em que as pessoas não irão mais acreditar em você. Este é o resultado final da mentira, o descrédito! Ninguém mais crê na palavra do mentiroso. Quer ver como o negócio é sério? Uma vez havia muitas pessoas nadando e brincando em um grande rio. De repente, quando as pessoas estavam distraídas e alegres, um garoto começou a gritar por socorro. Logo, muitas pessoas se movimentaram para ajudá-lo, mas perceberam pelas risadas do rapaz que era uma brincadeira. Não muito tempo depois, pela segunda vez, engana a todos com a mesma brincadeira de mau gosto. Até que de repente, de tanto brincar, acabou necessitando de ajuda e, gritando por socorro, ninguém lhe dá atenção porque achavam que estava brincando outra vez. Morreu afogado por causa de suas mentiras que enganavam a todos. As pessoas perderam a confiança nele. Pablo, você hoje é um menino. Amanhã será um homem. Precisa parar de mentir!



Está vendo aquele poste ali? Eu vou fazer uma viagem. Ficarei fora daqui alguns dias e enquanto estiver em viagem, quero que você pregue naquele poste, um prego cada vez que falar uma mentira. (tirando da pasta um martelo e uma caixa de pregos) Aqui está o martelo e os pregos (Pablo pega). Não esqueça: um prego para cada mentira. Quando eu voltar, procurarei você.



Pablo: Boa viagem, pastor Thompson...



(Pastor sai e Pablo fala sózinho...) Esses pastores fazem muito barulho por causa de umas mentirinhas....(olhando para o martelo) já ganhei um martelo e uma caixa de pregos, vou fazer direitinho o que o Pastor Thompson me pediu. Vai ser muito fácil.



(Nisso entra Beppo, amigo de Pablo)



Beppo: Pablo, onde você conseguiu esse martelo?



Pablo: Oh! Foi o pastor Thompson que me deu por que eu o ajudei com o burro.



Beppo: Puxa! Que presentão. Sempre quis ter um martelo. Ele lhe deu mais algumas coisas?



Pablo: Ah, sim... Me deu uma linda gravata com bolinhas vermelhas, um par de sapatos com enfeites de prata.



Beppo: Sapatos com enfeites de prata? Você é mesmo um rapaz de sorte! Eu nem sapatos tenho e você me ganha um com enfeites de prata. Onde você guardou essas coisas? Estou vendo apenas o martelo.



Pablo: Estão no banco. É lá que as pessoas guardam as coisas de valor.



Beppo: No banco?



Pablo: É no banco... Naquele prédio bonito na praça da cidade. Agora vá embora, vá Beppo. Quero ficar sozinho.



(Beppo sai...Pablo olha para o poste...olha para o martelo....para os pregos....e diz: ) Não sei se prego só um prego? (levanta-se, aproxima-se do poste) Ah...vou deixar para amanhã. (Sai)



Narrador: Pablo naquela noite decidiu fazer do jeito que havia combinado com o Pastor Thompson. Ele havia sido tão bondoso....não iria enganá-lo. Acontecesse o que acontecesse, cumpriria sua parte no acordo. Por isso, no dia seguinte bem cedo....



(Entra Pablo e começa a pregar no poste e enquanto prega, vai dizendo)



Pablo: Um pela mentira da gravata.



Outro pela mentira do sapato com enfeites de prata.



Mais um pela mentira do banco.



(Enquanto está pregando outros pregos, chega Beppo e pergunta)



Beppo: O que está fazendo, Pablo?



Pablo: Colocando os pregos para pendurar meus chapéus....Vá embora Beppo. Deixe de ser metido!



(Beppo sai e Pablo prega outro prego no poste e sai )



Narrador: De vez em quando, ao longo dos dias em que o Pastor Thompson esteve fora, Pablo vinha pregar pregos no poste.



( Ao som de uma música, Pablo entra e prega alguns pregos e sai. Faz isso umas 4 ou 5 vezes...na última vez pára diante do poste e diz: )



Pablo: Está parecendo um pé de cactos... O que vai pensar o pastor Thompson quando chegar? (Sai... e logo em seguida entra com o pastor)



Pastor Thompson: Quero ver o poste...



Pablo: Seria bom que o senhor não visse. Ele parece um pé de cactos.



Pastor Thompson: Não tem problema. Conheço essas coisas. Vamos lá.



(Chegam perto do poste)



Pastor Thompson: Muito bem Pablo. Você está de parabéns! Vejo que levou a sério o que prometera. Agora, quero que arranque todos esses pregos.



Pablo: Preguei com muita força.



Pastor Thompson: Eu ajudo você. Vamos tirar todos esses pregos daqui.



( Tiram em silêncio, todos os pregos )



Pastor Thompson: Muito bem Pablo. Agora quero que se livre de todos esses buracos.



Pablo: Não sei como fazê-lo pastor. Tiramos os pregos, mas como tirar os buracos?



Pastor Thompson: Esta é a lição que gostaria que aprendesse. Cada vez que fala uma mentira, ela deixa uma marca em sua vida. Uma marca que não pode ser apagada. E os efeitos do pecado podem perdurar pela vida inteira. Mentira é pecado. Aliás, o pecado começou com uma mentira sobre Deus que para precisar ser sustentada precisou de outra mentira e assim por diante. Pablo, agora é hora de parar. Deixe de mentir enquanto é cedo porque mais tarde será difícil e poderá também ser impossível. Procure Jesus. Ele perdoará você. Deixe que Ele domine sua vida. Ele tirará o pecado de seu coração lhe dando um novo coração. Você será uma nova criatura. Eu quero orar por você.



(Ao som de uma música, o pastor e Pablo simulam os gestos de uma oração enquanto o narrado fala)



Narrador: Pablo aprendeu a lição de que o pecado deixa cicatrizes. Por mais pequenas que possam parecer, uma mentira leva à outra mentira tornando-se facilmente um hábito difícil de ser erradicado. Jesus pode transformar um mentiroso em uma pessoa cujas palavras sejam verdadeiras.



Música:



Oração.






Colaborador: Eline dos Santos Fialho