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Peça : A visita de Jesus

NARRADOR: Um anjo visita uma senhora da alta sociedade, pessoa orgulhosa e cheia de si, avisando-lhe de que Jesus iria visitá-la pessoalmente na próxima terça-feira e ela deveria se preparar da melhor maneira possível para recebê-Lo em sua casa. A referida senhora fica agitadíssima, orgulhando-se mais ainda. Planeja dar uma festa ao Senhor Jesus na presença de seus amigos mais ricos e importantes, tais como o prefeito da cidade, um renomado empresário, uma famosa apresentadora de televisão e mais algumas pessoas da alta sociedade. Chega o dia tão esperado da ilustre visita de Jesus.

Tudo pronto para a recepção, chegam os convidados, um a um, tomando os seus lugares e disputando entre si qual seria o primeiro a ter o privilégio de apertar a mão e posar para uma foto ao lado ou quem sabe até mesmo abraçando o Rei dos reis. Passam-se alguns minutos e ouve-se o toque da campainha.



ANFITRIÃ: Deve ser Jesus. (Correndo vai abrir a porta e ao ver que é o mendigo exclama:) Ah! O que você quer?

MENDIGO: A senhora poderia me dar algum dinheirinho, por favor.

ANFITRIÃ: Que dinheirinho, que nada! Vai trabalhar. Eu estou esperando uma visita importante, Jesus, e não quero que ela veja um mendigo em minha porta. Vai que estou muito ocupada.

NARRADOR: Continua a festa alegremente e novamente o barulho da campainha.

ANFITRIÃ: Desta vez deve ser o Mestre.

MENOR ABANDONADO: A senhora poderia me dar um pedaço de pão? Eu estou com muita fome.

ANFITRIÃ: Hoje eu não posso te atender; estou esperando Jesus que é uma visita ilustre. Passa aqui outro dia, que eu te atendo, tá? (e vai empurrando levemente a criança para que vá embora)

(Toque da campainha)

ANFITRIÃ: Ah! Desta vez é Jesus. (Ao atender a porta e ver que não é Jesus, exclama:) Ah, não! Outra pessoa pra me incomodar.

SENHORA COM UMA CRIANÇA: A senhora me consegue um dinheirinho “preu” comprá leite pras criança e umas roupinha, o (ou) “carçado” véinho mesmo?

ANFITRIÃ: Olha! Hoje simplesmente não dá. Eu estou esperando Jesus. Ele está vindo me visitar e eu não tenho tempo para NINGUÉM, a não ser pra Ele. Vem aqui outro dia e fala com a minha empregada, mas agora não dá, com licença! (Vira as costas e volta pra festa.)

(Toque da campainha)

ANFITRIÃ: Desta vez tem que ser Jesus. (Ao ver que não é, faz cara e gesto de espanto e indignação)

DOENTE: Bom-dia, dona. Eu tô muito doente, preciso comprar um remédio e tá faltando um pouco de dinheiro pra interá. A senhora me consegue algum dinheiro, dona?

ANFITRIÃ: Eu não agüento mais. Todo mundo resolveu me pedir dinheiro hoje. Eu vou falar pela quarta vez. Eu estou esperando Jesus, Ele é uma visita muito importante e eu não quero que Ele veja pobretões na minha porta. Vá pedir pra outra pessoa, vai; Ele já deve estar chegando. (Enquanto se vira pra voltar pra festa fala:) Eu não mereço isto!

Como Jesus demora a chegar, os convidados começam a ficar impacientes e vão embora, inclusive a apresentadora de televisão, que havia levado a sua equipe de filmagem para cobrir tão espetacular visita, o que não havia acontecido. A medida que saíam, os convidados eram duros em suas colocações à anfitriã, dizendo-lhe que nunca mais os procurassem e que a “brincadeira” a respeito da visita de Jesus era de muito mau gosto e tinha passado dos limites.

PREFEITO: Como prefeito, não tenho tempo a perder com pegadinhas. Visita de Jesus, sei. Passe bem!

APRESENTADORA DE TELEVISÃO: como apresentadora de Televisão, eu tenho coisas mais importantes para fazer. Essa brincadeira da visita de Jesus passou dos limites. Nunca mais me procure.

EMPRESÁRIA: Eu sou uma empresária muito ocupada. Não tenho tempo a perder. Que brincadeira de mau gosto.

NARRADOR: Após todos irem embora, a anfitriã fica muito desolada e irritada pelo “mico” que o anjo a havia feito passar. Dizia ela a si mesma:

ANFITRIÃ: E agora, o que os outros vão pensar de mim? Como vai ficar o meu prestígio perante a sociedade?

NARRADOR: Neste ínterim, aparece o anjo.

ANFITRIÃ: (e ela, zangada começa a lhe dizer) Como pudeste fazer isso comigo? Fizeste com que eu fosse taxada de louca perante a sociedade, envergonhando-me perante meus amigos e autoridades que estiveram em minha casa devido a história de que Jesus viria me visitar hoje.

NARRADOR: Com voz paciente e gentil, o anjo lhe dirige a palavra, dizendo:

ANJO: Como o Mestre não te visitou? Por quatro vezes Ele bateu a tua porta e tu não o deixaste entrar, despedindo-O de mãos vazias.

ANFITRIÃ: (arregalando os olhos com ar de surpresa e espanto) Mas quando aconteceu isto?

(Nesta hora houve-se uma voz dizendo:)

VOZ OCULTA: TIVE FOME E NÃO ME DESTE DE COMER, TIVE SEDE E NÃO ME DESTE DE BEBER, ESTAVA COM FRIO E NÃO ME DESTE ABRIGO E NEM ME COBRISTE.

(Já em pranto, indaga a mulher:)

ANFITRIÃ: Mas, quando estiveste com fome e não te dei de comer, tiveste sede e não te dei de beber? Quando foi que te vi com frio e não te dei abrigo, nem te vesti, Mestre? Quando?

VOZ OCULTA: QUALQUER UM QUE TENHA FEITO ISTO A UM DESSES MEUS PEQUENINOS, FEZ A MIM.



SUGESTÃO:

Que alguém cante ou que seja tocada 1ª estrofe e o coro do hino nº 315 “Ajuda Hoje Ajuda Alguém” do Hinário Adventista. (O anjo sai devagarinho, despercebidamente durante a música)

E para terminar, a anfitriã canta um hino de arrependimento, de pedido de perdão e uma oração por alguém que acharem conveniente.


Colaborador: Marilaine Santos de Jesus