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Reflexão: Não tive tempo

Quantas vezes o(a) amado(a) leitor(a) já ouviu ou falou que não pôde fazer alguma coisa (um dever ou favor) por falta de tempo? No mundo corrido da atualidade as pessoas quase não têm tempo para seus afazeres. Muitas pensam que o dia deveria ter 36 (trinta e seis) horas.



Contudo, analisando com detalhes e alguma profundidade a vida das pessoas, percebemos que a alegação de “falta de tempo” é uma das (se não a) mais esfarrapadas e infundadas desculpas que se pode dar.



Tempo todos nós temos. Mas é um tempo que é reservado para as coisas importantes.



A Licão da Escola Sabatina não são feitas, sob as mais variadas alegações. A mais comum é a de que “não tiveram tempo”. Invariavelmente eu pergunto o que essa pessoa faz da meia-noite às seis da manhã. “Durmo” é a maioria das respostas. Então eu continuo dizendo que não é que não teve tempo. É que o tempo que tinha foi reservado para as coisas que julgou serem mais importantes. Teve tempo para dormir; para assistir novela, noticiário, filmes, desenhos e seriados na TV; para almoçar, jantar, lanchar, beber água, tomar banho, ler uma revista, um jornal ou revistinha em quadrinhos. Teve tempo para conversar com os amigos, com os conhecidos, com os vizinhos, com os entes queridos. Teve tempo, sim! Muito tempo. Mas esse tempo foi reservado para as coisas importantes. Sempre fazemos PRIMEIRO o que para nós é mais importante. Mesmo que efetivamente não o seja. Se fazemos em primeiro lugar, é porque para nós, é o MAIS importante. Entende o que quero dizer?



Na igreja todos concordam que a leitura da Palavra de Deus e a Oração são os pilares da vida cristã. Mas quando perguntamos para elas se leram a Bíblia ou passaram meia hora por dia orando, as respostas são, normalmente, evasivas. Isto é, por mais que elas DIGAM que a oração e a meditação bíblica são importantes, de fato, não são. As pessoas dizem o que acreditam que devam dizer. A verdade é o que é demonstrado através da prática. Não sei se estou sendo claro o suficiente...



Na prática, nosso comportamento visa duas coisas: o lucro e a necessidade. Fazemos PRIMEIRO o que é lucrativo, isto é, as coisas que nos (pouco ou muito) prazer ou satisfação. Depois, fazemos as coisas que, se não forem feitas, nos darão algum prejuízo (dor, angústia, sofrimento). As coisas que não vão nos dar satisfação ou nenhum prejuízo são relegadas a segundo, terceiro ou quarto plano...



Daí podemos avaliar as coisas que REALMENTE são importantes para nós. Não importa se DEVERIAM ser importantes. Se não vêm em primeiro lugar, não adianta alardear sua importância aos quatro ventos. O que importa não é o que nós dizemos, mas sim o que fazemos.



Sempre me lembro de uma irmã que tinha “1001 compromissos” diários. Um dia sua mãe foi internada. Ela largou seus afazeres e foi ver a mãe no hospital. Ela (a mãe) era importante. De verdade.



Não é necessário nenhuma iluminação especial para se concluir que os filmes e as novelas da TV tem um importância muito grande para nós. Assim como o sono, o banho ou a alimentação.



O que os teus atos demonstram ser mais importante? Não importa o que você diz ou deixa de dizer. O que importa é o que você faz. O que realmente vai comprovar que algo é ou não importante é o teu comportamento.



O Senhor Jesus tem sido importante para ti?





Takayoshi Katagiri


Colaborador: Desconhecido