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Reflexão: Salvo por fazer a barba

SALVO POR FAZER A BARBA





“O Senhor é quem te guarda” (Salmo 121:5).



O Pastor e a Sra. Brown retomavam de umas férias bem merecidas, e agora rumavam de volta à Missão Majita, em Tanganica, viajando de trem e embarcações fluviais através do que era então o Congo Belga. Antes que o trem em que viajavam entrasse em ElisabethVille, um olho da Sra. Brown de repente começou a doer muito.



Quando chegaram a Albertville, ela percebeu que havia algo de muito grave com sua vista. Esgueirando-se entre os trens parados, procuraram um médico, e este disse à Sra. Brown que ela devia voltar urgentemente a Elisabethville para cuidar do olho, pois era um caso grave.



Assim, ela voltou a Elisabethville. O Pastor Brown embarcou o grande número de caixas e malas da bagagem deles em outro trem que seguia viagem para Majita. A Sra. Brown seguiria depois, logo que fosse atendida pelo oftalmologista.



O Pastor Brown notou que o trem trafegava anormalmente rápido, pois o vagão em que se encontrava sacudia e trepidava muito, enquanto a locomotiva fungava a pleno vapor. Com os vagões quase tombando, o missionário decidiu que deveria aguardar que chegasse à próxima estação para então fazer sua barba. Lá o trem pararia uns 20 minutos. Então ia se barbear na estação.



Terminada a barba, o Pastor Brown olhou para a porta da estação, e, surpreso, viu que as rodas da locomotiva do trem estacionado se moviam, e em segundos o trem ganhava velocidade. Correndo pela plataforma, ele saltou a bordo do primeiro vagão que pôde agarrar. Era o vagão-restaurante, o terceiro a partir da locomotiva.



Vendo ali um amigo com quem havia conversado na noite anterior, o missionário sentou-se para uma conversa de alguns minutos, antes de voltar para o seu lugar no vagão em que viajava. O trem começou a balançar e saltar nos trilhos. Então uma terrível chicotada retiniu em toda a parte. Os passageiros foram arremessados de um a outro lado no vagão.



Depois do desastre o Pastor Brown foi à porta traseira do vagão- restaurante, onde se achava Nada mais havia para trás. Todos os demais carros, incluindo o seu, haviam desaparecido. Haviam caído, pelo rompimento da ponte, no rio abaixo.



Foi um dos piores desastres na história daquela ferrovia. Quase uma centena de passageiros morreram ou ficaram seriamente feridos. Em cima, nos trilhos, só ficaram três unidades da composição: a locomotiva, o vagão-freio, e o vagão-restaurante. E o Pastor Brown, são e salvo.



- Extraído e adaptado de Robert H. Pierson, Alguém Ama Você.




Colaborador: http://planaltoateniense.blogspot.com/