O Amor sempre existiu...
E não havia luz na casa do Amor, porque a luz era o próprio Amor!
E uma vez o Amor quis construir uma nova casa para si:
-Que estranha mania essa do Amor!
E fez a terra, e na terra fez a carne, e na carne soprou a vida,
e na vida imprimiu a sua imagem e semelhança. E chamou a carne de homem.
E dentro do homem, o Amor construiu sua casa,
pequenina, inquieta e palpitante como o próprio Amor.
E o Amor foi morar no coração do homem. E coube certinho lá.
Uma vez... o homem ficou com inveja do Amor.
Queria para si a casa do Amor, só para si.
Quis ser feliz sem o Amor, como se pudesse viver só.
Quis ser independente do Amor, e assim se fez.
E o Amor foi-se embora do coração do homem.
O homem começou a encher seu coração: colocou riquezas, valores no lugar do vazio deixado pelo Amor.
E o homem, triste, começou a sofrer e derramar suor para poder comer.
O Amor também ficou triste, pois Ele queria habitar no coração do homem.
O homem sempre tinha fome, e continuava com o coração vazio.
E o Amor teve pena do homem... Vestiu-se de carne,
e veio também ter o coração de homem.
Mas o homem reconheceu o Amor e o pregou numa cruz.
Mas o Amor não desistiu: disfarçou-se de Pão - o Pão da Vida.
E desde então, cada vez que algum homem, faminto, o ingere,
o Amor volta a sua casa, no coração do homem.
E o homem se enche de Amor.
"Amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que através dEle vivamos."
1ª Epístola de São João 4:7-9.
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