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Retornar e Reviver
O lar feliz vivia
Os filhos o pai conduzia
Mas o mais moço, ó que tristeza
Pediu sua parte da riqueza
Queria ter aventuras
E viver uma vida de luxúrias
Então, sozinho partiu.
A princípio, que felicidade!
Desfrutava de sua liberdade
Cercado de amigos estava
Dinheiro com todos gastava
Sem pensar no pai que chorava
A saudade de quem tanto amava
Então, sozinho seguiu.
O tempo foi passando
Seu dinheiro se esgotando
Amigos já lhe faltava
E sozinho agora estava
Seguindo sem direção
Sem água, sem teto e pão
Então, sozinho chorou.
Oh! O filho que tão feliz estivera
Em casa tinha tudo o que quisera
Agora, sozinho
Procurava um amigo
Alguém que lhe desse abrigo
Mas todos o haviam esquecido
Então, sozinho ficou.
A solidão o incomodava
A fome lhe apertava
Não lhe restando o que fazer
Com os porcos pôs-se a comer
Deve ter sentindo azia
Vivendo aquela vida vazia
Então, sozinho pensou.
Lembrou-se que tinha um lar
Onde o pai o quis educar
Onde rejeitara seu amor
E agora sozinho em dor
Depressa quis regressar
E ao pai perdão implorar
Então, sozinho voltou.
De longe o pai o avistara
Ferido e fedido estava
Correndo ao encontro com amor
O pai então o abraçou
E os dois estavam a chorar
O filho quis se desculpar
Mas o pai simplesmente o olhou
E do mesmo modo o amou
Ó que amor sem medidas
Capaz de curar as feridas
Deixando o passado pra trás
Perdoando como ninguém mais
Convidando para um novo começo
Esquecendo-se de todo tropeço
Dos erros e falhas sem fim
Que grande é o amor do Pai por mim
Agora é tempo de retornar
É tempo de reviver
Aceitando esse amor insondável
Que nem posso descrever
Deixando o passado pra trás
E aceitando-o, nada mais
Vivendo em novidade de vida
Sendo grato por me curar as feridas
E pela salvação sem sim
Que o Pai oferece a mim
Não querendo mais fugir
E no intuito de Te seguir
Então... sozinho? Não mais!
Com Jesus, o doador da paz!
Ele irá me conduzir!
(Gilziane Oliveira Silva)